Nicia Carvalho
Mais polêmicas envolvem a Prefeitura de Cabo Frio e desta vez a razão é o aditivo de R$ 27 milhões pagos a Córrego Rico Transporte e Construção Ltda. A veiculação do extrato no jornal que faz as publicações oficiais do governo municipal gerou uma onda de questionamentos nas redes sociais e motivou os vereadores Aquiles Barreto (SD), Celso Campista (PSB) e Adriano Moreno (PP) a colocarem, na sessão desta quinta (1), requerimento solicitando detalhes sobre os contratos com a empresa: tando dos R$ 34 milhões que já foram pagos, quanto do aditivo.
– Vamos preparar nesta terça (29) e além do detalhamento, vou questionar a proximidade da empresa com o governo, assim como a data de existência porque ela foi criada em 2005, quando Alair ainda era prefeito. Serviu à prefeitura até 2008 e retorna quando ele volta a ocupar a cadeira do Executivo. É, no mínimo, estranho – analisou Aquiles, que aposta numa votação favorável dos pares da Casa.
Segundo ele, o requerimento poderá ser encaminhado à secretaria de Administração e/ou à de Fazenda. Caso vereadores encontrem alguma irregularidade a empresa poderá ser ouvida e até mesmo um CPI poderá ser instaurada. Nesta terça-feira (29), ao fim da sessão, à exceção dos três proponentes do requerimento, os vereadores da base aliada se reuniram para discutir que estratégias adotar caso o requerimento seja apresentado.
– As pessoas me perguntam na rua como vamos pagar isto. Não temos remédio, exame de sangue não pode ser feito porque a prefeitura não pagou R$ 25 mil para o laboratório. Na UPA não tinha material para coleta de exame – enumerou Campista. Já o vereador Adriano questionou a falta de verbas para manutenção de programas sociais, como o Cartão Dignidade, que corre o risco de ser extinto.
– Não podemos ter dois pesos e duas medidas. Foi uma dificuldade liberar a subvenção de R$ 51 mil para atletas representarem Cabo Frio, mas temos dinheiro para isso? – interrogou.