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Requerimento

Requerimento sobre Córrego Rico entra em pauta nesta terça-feira (6)

Promessa é de embate entre governo e oposição sobre aditivo contratual de R$ 27 milhões

06 outubro 2015 - 09h23

RODRIGO BRANCO

Vence nesta terça-feira (6) o prazo regi­mental para a análise e co­locação em pauta por parte da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Cabo Frio de requerimento apresentado na última quarta-feira pelo líder da oposição na Casa, vere­ador Aquiles Barreto (SD), em conjunto com Celso Campista (PSB), pedindo ex­plicações da Prefeitura sobre um aditivo contratual de R$ 27 milhões a favor da empre­sa Córrego Rico Transporte e Construção Ltda., que alu­ga máquinas e equipamentos para a administração pública municipal.

O valor foi contestado pela Prefeitura e pelo próprio pre­feito Alair Corrêa (PP), que, em postagem pelo Facebook, disse, apresentando a imagem de documento expedido pela secretaria municipal de Fa­zenda, que o montante pago a empresa pelos serviços pres­tados não passaria de R$ 9 milhões. No entanto, apesar da promessa de que uma reti­ficação do valor inicialmente divulgado seria feita no jor­nal onde saem as publicações do Poder Executivo, isso não aconteceu até o fechamento desta edição.

Independentemente deste fato, a questão é que o plená­rio e os gabinetes da Câmara serão palco de mais um embate político no que diz res­peito aos interesses do Go­verno e da oposição.

E a senha para a ‘queda de braço’ foi dada pelo vereador governista Vinícius Corrêa (PP), sobrinho de Alair, que, na última sessão, sugeriu que a análise das contas se esten­desse aos oito anos da gestão anterior, de Marquinho Men­des (2005-2012), nos quais, segundo ele, houve fraciona­mento na abertura dos pro­cessos, manobra que é proibi­da pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ).

– O vereador Vinicius fez uma sugestão de que esse requerimento se estenda ao governo anterior, para efeito de comparação. Vamos ver se a oposição aceita – disse o presidente da Casa, Marcello Corrêa (PP), filho do prefeito.

Por sua vez, Aquiles, que é ligado a Marquinho, não se fez de rogado e disparou con­tra a iniciativa do Governo.

– Quando vejo essa que­da de braço, percebo que já começa a ter uns medos de apresentar os números. É por isso que eu acho que tentam remoer o passado, mas não o temo. Se quiserem colo­car outro requerimento, que coloquem, eu não retiro este para colocar mais nenhum – rebateu o oposicionista.

Caso o compromisso da Mesa seja concretizado, o re­querimento será colocado em votação no plenário, certa­mente depois de muitas arti­culações entre os vereadores, sobretudo os da base aliada. Há, no entanto, a possibilida­de, prevista pelo artigo 28 do Regimento Interno, de que o documento não entre na pau­ta e vá direto para as comis­sões da Casa. Outra expecta­tiva é pela atitude do vereador Adriano Moreno, de saída para Rede, que assumiu pos­tura de criticar mais incisiva­mente as ações do Governo.