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Falta de quórum adia primeira reunião da CPI dos Eventos em Cabo Frio

Comissão Parlamentar de Inquérito que vai investigar possíveis irregularidades nos eventos da cidade foi oficialmente instaurada esta semana

09 fevereiro 2024 - 14h33Por Redação

Foi oficialmente instaurada, esta semana, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de autoria do vereador Davi Souza (PDT) que pretende apurar possíveis irregularidades nas contratações feitas pelo gabinete da prefeita de Cabo Frio, Magdala Furtado (sem partido), por meio da Superintendência de Eventos. De acordo com o Ato Nº 02/2024, além do autor, a CPI também será constituída pelos vereadores Josias da Sweel (PL), Luis Geraldo (REP), Thiago Vasconcelos (AVANTE) e Rodolfo Aguiar(SD), e terá prazo de 90 a 180 dias para apresentar resultados.

A criação da CPI foi anunciada por Davi no dia 2 de janeiro deste ano. A primeira reunião, no entando, não aconteceu. O primeiro encontro dos integrantes seria nesta quinta-feira (8), logo após a sessão parlamentar, para escolha do presidente e relator (conforme a Folha dos Lagos informou na edição impressa que circula neste final de semana), mas acabou não acontecendo por falta de quórum (não houve presença de um número mínimo de participantes para que a reunião acontecesse). A primeira reunião da CPI deve acontecer somente depois do carnaval.

De acordo com Davi, desde que Magdala assumiu a prefeitura, em julho do ano passado, após a morte do então prefeito José Bonifácio (PDT), surgiram várias denúncias sobre irregularidades na execução de diversos eventos, e também na tomada de preços de outros.

– O objetivo da CPI dos Eventos é investigar se há ou não irregularidades nesses contratos, uma vez que não houve transparência. Precisamos saber quem se beneficia quando as contratações de eventos não são divulgadas no portal da transparência, e garantirmos que os recursos sejam investidos de forma inteligente e benéfica para todos - explicou.

Entre os eventos que, segundo Davi, não houve transparência, está a Expo Cabo Frio 2023. De acordo com o vereador, a Prefeitura se utilizou de uma grandiosa estrutura, “e até hoje não sabemos quem forneceu e quanto custou os banheiros, o palco ou fogos”.

– A única publicação feita foi a contratação do artista e mais nada. E isso também aconteceu com o aniversário da cidade.

O último réveillon também será investigado na CPI por conta da licitação de fogos que não foram utilizados porque a queima acabou sendo cancelada na véspera da virada de ano.

– O edital de licitação dizia uma coisa, a prefeita e os secretários diziam outra. Então, para esclarecer essa situação nada melhor do que uma CPI. Além disso, também precisamos esclarecer se houve falta de transparência na contratação de empresas, opacidade na captação de patrocínios, distribuição indevida de pontos de venda para ambulantes, violação de normas relativas a fogos de artifício e sobrepreço na contratação da decoração de Natal – explicou Davi.