RODRIGO BRANCO
O dia de ontem foi de muita tristeza e pesar pela morte, na madrugada de domingo, do terceiro-sargento da PM, Ronaldo Ferreira do Nascimento, 39, assassinado com um tiro na barriga enquanto estava em uma barraca de churrasquinho, no Jardim Esperança, em Cabo Frio. Seu corpo foi sepultado, sob forte comoção, em Iguaba Grande, no domingo.
Durante todo o dia, inúmeras manifestações de solidariedade à família foram postadas nas redes sociais em homenagem ao policial militar que ganhou o apelido de ‘Máquina’ pelos companheiros de farda, por causa do seu empenho no combate ao crime. Por outro lado, os adjetivos ‘bom’, ‘amigo’ e ‘exemplar’ foram usados para qualificar um homem considerado um pai de família amoroso.
O sargento Luiz Américo, comandante do Grupo de Ações Táticas (GAT) enfatizou a disposição do colega, que lhe fez valer o codinome, e também o fato de que Ronaldo era muito querido entre os companheiros.
– Sempre é difícil ver um amigo tombado em combate, ontem (anteontem) tive que reprimir meus sentimentos para poder focar no serviço e tentar prender os meliantes. É um sentimento que mexe com nossa estrutura. Acho que não ‘caiu a ficha’ ainda, é difícil assimilar e aceitar a morte do companheiro, e não iremos descansar enquanto não prendermos esses meliantes – promete Américo.
O também sargento Luciano Monsores, grande amigo de Ronaldo, ressaltou seu amor pela profissão que o fez tatuar no corpo o símbolo da corporação. Para Monsores, a ‘Máquina’ vai deixar saudades.
– Sua maior satisfação era trabalhar dentro de comunidades carentes, onde ele fazia a política da tolerância zero com os criminosos e ao mesmo tempo se aproximava das pessoas de bem. Sou testemunha da sua luta por uma Região dos Lagos mais segura. Sempre que sua viatura recebia um chamado, corria prontamente para atender e fazia questão de apoiar os companheiros em ocorrências complicadas – relembra o sargento.
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