A rapper Taz Mureb, uma das organizadoras da Roda Cultural que acontece desde 2011 na Praça da Bandeira, acusa a Prefeitura de Cabo Frio de perseguição política. Segundo ela, um fiscal da secretaria de Meio Ambiente levou uma intimação na casa da tia dela para que a rapper comparecesse à secretaria para responder por poluição sonora – por conta da Roda Cultural. Como a artista mora em Niterói há dois meses, a intimação não foi recebida oficialmente.
– É claro que é perseguição política, ninguém foi lá medir os decibéis. Temos o nada opor das secretaria de Cultura, da Postura e da Polícia. São só duas caixinhas de som e acabamos às 22h. Até o coronel Ruy França esteve aqui no mês de agosto e disse que o som não dava para ouvir do outro quarteirão. Os shows do Espaço de Eventos a gente escuta até no centro da cidade. Aí pode? – questiona Taz.
A próxima Roda Cultural está marcada para o próximo dia 27, às 19h. Segundo Taz Mureb, o evento é um movimento sociocultural, sem cunho político, e que reúne jovens de diversas áreas da cidade. A cada edição, cerca de 200 pessoas participam.
– Já não basta a prefeitura não ajudar em nada? Não ter nem um evento voltado para a cultura urbana? Ainda tenta de todas as formas boicotar e dificultar um movimento totalmente legítimo.
Em agosto, a rapper promoveu um acampamento em frente à prefeitura por conta do atraso do repasse do Proedi – Programa Municipal de Editais de Fomento e Difusão Cultural. O movimento intitulado #OcupaPrefeitura durou 13 dias e acabou com os manifestantes na Delegacia, após um tumultuo entre policiais militares e eles, após a polícia tentar recolher uma piscina plástica que simbolizava o Parque Aquático do prefeito Alair Corrêa, o Riala.