Estudantes defendem colégio Rui Barbosa
Assembleia será contra fechamento da escola
Engana-se quem acredita que a juventude é alheia aos imbróglios políticos. Pelo menos no que diz respeito à do Colégio Municipal Rui Barbosa, em Cabo Frio, esta máxima não se aplica. Confirmando uma longa tradição de resistência e luta pelos direitos estudantis, os alunos manifestaram descontentamento e criticaram duramente a postura da Secretaria de Educação de extinguir o ensino médio da competência municipal. Por conta disso, uma assembleia, aberta para todos os alunos, professores, funcionários e pais, está agendada para o dia 2 de outubro, às 14h, na Associação Atlética Cabofriense. A pressão pode também chegar à Câmara Municipal, que será responsável por legislar sobre o fechamento do ensino médio municipalizado.
A falta de recursos para manter a escola, principal alegação do governo, é rechaçada pelos jovens. A indignação dos estudantes é resultado da votação ocorrida no último sábado durante o Fórum de Educação, que aprovou a proposta de extinção do segmento. Na prática, representaria o fechamento da instituição. A iniciativa da prefeitura provocou reações que variaram da re-volta ao descontentamento.
– A gente tem mobilizado os estudantes para evitar esse atentado. Não é por falta de dinheiro. Se fosse, não teria desvio de R$ 600 mil da verba do Fundeb. É, na verdade, uma questão política, pois o Rui sempre esteve à frente das mudanças, como a adoção do uniforme branco, da luta pelo direito ao lanche e ao transporte público gratuito. Como o movimento em Cabo Frio vem crescendo, a prefeitura aproveitou para fazer esse golpe contra o ensino médio – disparou Ruan Vidal, vice-presidente do Grêmio Estudantil do Rui e diretor de Movimentos Sociais da Associação dos Estudantes do Estado do Rio de Janeiro (Aerj).
O estudante Sadi Datsch, 16, destaca a postura do governo.
– Acho vergonhoso. Usam o caráter econômico, que não existe, para disfarçar o cunho político da proposta, que é a desarticulação da escola. É uma vergonha para secretaria de educação votar contra uma escola que é inovadora e tida como exemplo – rebateu o aluno do 2º ano.
– Acho um desrespeito. Nós viemos do ensino fundamental e tiramos boas notas com a intenção de entrar para o Rui Barbosa. É uma escola que forma cidadãos. Foi nela que criei meu senso de justiça. Será que é por isso que querem acabar com ela? – questionou Laila Tavares, 15.
– O Rui deu início ao grêmio, que incomoda. A prefeitura sempre reprimiu, não por falta de verba, mas sim porque somos questionadores. Como ficam os alunos especiais? Como o estado vai resolver isso? Como os alunos vão se adequar à rede estadual, que tem ensino fraco? Antes de levar a rede pública para o ensino estadual é preciso analisar como ele está – enumerou Janini Rosa, 17, que deseja estudar Letras.
Pedro Terra, 17, aumenta o coro de reprovação.
– Acho que é uma decisão tomada de forma precipitada, não houve muito estudo. Eles querem cortar custos, mas vão causar a revolta dos alunos, pois é uma escola de muita história. Muitos sonham em entrar para cá – afirmou Pedro Terra, 17 anos, do 3º ano, que tem intenção de cursar Odontologia.
– Sou contra essa proposta. tem um levantamento mostrando que existe verba. É uma desculpa que não cabe. O prejuízo é para os alunos que saem do (ensino) fundamental almejando vir para o Rui. Outras escolas não têm esta qualidade – argumenta Brenda Souza, 17, que pretende fazer vestibular para Medicina.
– É um absurdo. O Rui não surgiu ontem, é uma escola que tem tradição. Meu pai estudou aqui. Fechar uma escola com história na cidade, com militância, é uma incoerência. Tem dinheiro para o turismo e não tem para educação? – disparou Luciana Luiza Quintanilha, 18.
– A escola é muito conceituada, forma pessoas, tem nível bom. Poderia ter mais investimentos, mas é uma boa escola. Os alunos buscam o Rui porque é contestadora e por isso prefeitura se incomoda. Conseguimos passe livre, estamos sempre atrás dos direitos dos estudantes. Por que será essa necessidade de acabar com a escola? Acho estranho – provocou Luiza Sacramento, 17, aluna do 3º ano.
– Acho que é uma decisão tomada de forma precipitada, não houve muito estudo. Eles querem cortar custos, mas vão causar a revolta dos alunos, pois é uma escola de muita história. Muitos sonham em entrar para cá – afirmou Pedro Terra, 17 anos, do 3º ano, que tem intenção de cursar Odontologia.
– Sou contra essa proposta. tem um levantamento mostrando que existe verba. É uma desculpa que não cabe. O prejuízo é para os alunos que saem do (ensino) fundamental almejando vir para o Rui. Outras escolas não têm esta qualidade – argumenta Brenda Souza, 17, que pretende fazer vestibular para Medicina.
– É um absurdo. O Rui não surgiu ontem, é uma escola que tem tradição. Meu pai estudou aqui. Fechar uma escola com história na cidade, com militância, é uma incoerência. Tem dinheiro para o turismo e não tem para educação? – disparou Luciana Luiza Quintanilha, 18.
– A escola é muito conceituada, forma pessoas, tem nível bom. Poderia ter mais investimentos, mas é uma boa escola. Os alunos buscam o Rui porque é contestadora e por isso prefeitura se incomoda. Conseguimos passe livre, estamos sempre atrás dos direitos dos estudantes. Por que será essa necessidade de acabar com a escola? Acho estranho – provocou Luiza Sacramento, 17, aluna do 3º ano.