Caso do PM Ronaldo engrossa estatística: terceiro policial morto em Cabo Frio em 2015
Nem policiais militares estão imunes a violência
O assassinato do sargento da PM, Ronaldo Ferreira do Nascimento, na madrugada do último domingo, engrossou uma triste estatística e mostrou que nem aqueles que têm a missão de proteger a sociedade do crime estão imunes à violência. O ‘Máquina’, como era conhecido, foi o terceiro policial militar morto em Cabo Frio, só em 2015.
Em fevereiro deste ano, o soldado Leandro da Silva Carvalho, 34, lotado na Unidade de Polícia Pacificadora da Vila Kennedy, Zona Oeste do Rio, foi morto por traficantes no Porto do Carro, onde foi visitar a mãe, e teve o corpo incendiado no porta-malas do carro após ser baleado. Três suseitos de participação no crime foram presos.
Pouco mais de um mês depois, em 15 de março, o sargento Elvis Santos Bento, que trabalhava no Hospital Geral da PM, no Estácio, Zona Norte do Rio, foi baleado por ocupantes de um carro preto quando estava em um bar na comunidade do Valão, no Jardim Esperança, local próximo ao do homicídio de Ronaldo, no último fim de semana.
Pelas estatísticas oficiais da secretaria de Segurança Pública, que contabilizam apenas as mortes em serviço, não há ocorrências este ano. Assim, a crueldade e ousadia dos criminosos tem resultado em mortes dos policiais nos seus momentos de folga ou em atividades paralelas, como segurança privada, por exemplo.
Caso traumático foi o do soldado Valério Albuquerque de Melo Filho, morto em julho do ano passado após uma emboscada na Via Lagos, na altura de São Pedro da Aldeia, enquanto fazia o transporte de R$ 6 milhões para uma empresa de segurança, juntamente com um subtenente da PM, que também foi ferido, mas escapou da morte. Quatro dias depois do assassinato, quatro suspeitos de participar do crime foram presos em Tamoios.
Outra morte com requintes de crueldade nos últimos anos foi a do também soldado Thiago Maciel da Silva Lino, em junho de 2013. O corpo do PM foi encontrado carbonizado dentro de um Siena no bairro Manoel Corrêa, após ter sido baleado. Dois supostos integrantes da quadrilha de Carlos Eduardo Freire Barboza, o Cadu Playboy – Anderson da Silva Severo, o ‘Uandro’ e Cleiton da Silva, o ‘Mãozinha’ – foram apresentados em agosto pela polícia, acusados de participção no crime.
Em 2011, o sargento reformado Marcos Viana de Oliveira, foi executado com seis tiros por um homem de moto ao chegar em casa, no Braga.