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Alair Corrêa (PP) anuncia novas medidas

Pacote será o quarto; corte nas despesas será de até R$ 12 mi por mês

30 SET 2015 • POR • 09h16

NICIA CARVALHO

RODRIGO BRANCO

Um governo feito a anúncios. Assim pode ser classificado o quarto informe que será reali­zado pelo prefeito de Cabo Frio Alair Corrêa (PP) nesta quinta-feira (1) e que, mais uma vez, anunciará um pacote de mudanças para tentar conter os efeitos da crise na ci­dade por conta da queda na arre­cadação dos royalties, conforme alega a Prefeitura. Entre as me­didas, corte de até R$ 12 milhões ao mês nas despesas. Nesta terça (29), a assessoria do governo ainda não sabia informar o local, hora nem o formato do anúncio: se por facebook, vídeo ou entrevista coletiva com a imprensa.

– Você corta despesas basea­da numa receita imediata e de­pois essa receita cai mais ainda então aquilo que você cortou se tornou insuficiente pra manter o quadro geral da Prefeitura. Pre­cisamos eliminar de R$ 10 a R$ 12 milhões, na despesa mensal. Então, vai haver uma grita, natu­ralmente, que alguns vão perder nessa história. Mas é preciso que a população de CF se conscien­tize de que eu não corto nada de ninguém porque eu queira cor­tar, mas sim para salvar a cidade – explicou o prefeito durante en­trevista concedida a InterTV na noite da última segunda (28).

    

Apesar das mudanças, o Car­tão Dignidade, que estava amea­çado, deve ser mantido. No en­tanto, segundo informações, por enquanto por mais 30 dias. Este é o prazo accordado entre a Sa­lineira e a Prefeitura, depois de o Governo Municipal ter pago uma parte da dívida: do montan­te de R$ 8 milhões, o governo pagou R$ 1 milhão.

Em relação ao lixo, o prefeito afirmou que vai diminuir o nú­mero de máquinas e caminhões, assim, como a varrição e os dias de coleta. Na saúde, o alvo dos cortes serão as horas extras, que o prefeito classificou como “vantagens e privilégios”.

– Precisaremos cortar de mui­ta gente porque temos que baixar essa despesa. Eu corto porque não tem como pagar – justificou.

Segundo ele, os programas so­ciais serão mantidos, bem como toda a estrutura da educação e da Saúde. Sobre a antecipação dos royalties, Alair afirmou que o objetivo “é organizar a cidade para o turismo, para viver quase que exclusivamente das nossas receitas e para que em 2017 ela tenha vida própria porque o em­préstimo acaba e o petróleo não volta mais”.