TSE formaliza sigla criada por Marina Silva, provável destino do vereador Adriano Moreno
Rede Sustentabilidade finalmente sai do papel
RODRIGO BRANCO
Depois de quase dois anos colhendo as assinaturas necessárias para a sua criação (486.600, ou seja, 0,5% dos votos dados aos deputados federais nas eleições de 2014, conforme reza a legislação) finalmente a Rede Sustentabilidade, partido criado e comandado pela ex-senadora e ex-candidata à Presidência no ano passado pelo PSB, Marina Silva, saiu do papel. E a decisão do Tribunal Superior Eleitoral na noite de anteontem, em Brasília, deve trazer consequências para a conjuntura política da Cabo Frio, uma vez que a sigla é o provável destino do vereador Adriano Moreno, hoje filiado ao PP.
Desgastado no partido, controlado na cidade pela família Corrêa – o prefeito Alair e seus colegas de plenário Vinicius e Marcello, este presidente da Câmara Municipal – Adriano esteve recentemente na Capital Federal onde se reuniu com Marina, lideranças e simpatizantes da nova legenda, como o ator Marcos Palmeira. Segundo interlocutores, o parlamentar teria voltado bem impressionado do encontro, deixando praticamente acertada sua ida para Rede, uma vez que sua permanência no atual partido é cada vez mais improvável, principalmente depois da insistência em apresentar um requerimento convidando o prefeito, bem como o deputado estadual Janio Mendes (PDT), para esclarecer as consições do possível empréstimo a ser tomado pelo município, como forma de compensar a queda na arrecadação dos royalties, de acordo com Resolução do Senado Federal proposta por Marcelo Crivella (PRB-RJ).
Nos bastidores, a informação é que Alair teria ficado muito irritado com a iniciativa, chegando a deixar de convocá-lo a uma reunião com vereadores da base governista há cerca de dez dias, cuja pauta foi a crise financeira do município, as medidas para combatê-la e o esvaziamento do pedido de requerimento, retirado da pauta para até agora não voltar. Agora, com o registro da Rede Sustentabilidade pelo TSE, o caminho está livre para o vereador trocar de partido, uma vez que para siglas recém-criadas, a legislação não impõe restrições para mudanças que, em outros casos, poderia acarretar perda do mandato.
*Leia a matéria completa na edição impressa desta quinta-feira (24)