Correios de Cabo Frio aderem à paralisação; INSS completa 72 dias
Em tempos de greve, é o povo que paga o pato
RODRIGO BRANCO
Unidades da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) de Cabo Frio amanheceram fechadas ontem. Os funcionários aderiram à greve nacional da categoria, decidida na noite de terça-feira pela Federação Interestadual dos Empregados da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Findect). A mobilização é por tempo indeterminado e, segundo as lideranças locais do movimento, a adesão dos servidores é praticamente total, com exceção dos 10% do contingente que, por lei, devem continuar trabalhando.
A movimentação dos carteiros e funcionários de outros setores começou cedo, nas primeiras horas da manhã, em frente à Central de Distribuição, em São Cristóvão. De lá, os trabalhadores partiram para a principal agência da cidade, no Largo de Santo Antônio, no Centro, onde fizeram um ato público e distribuíram panfletos. Normalmente muito movimentado, o posto fez falta à população. Enquanto a Folha esteve no local, pelo menos cinco pessoas que procuravam pelos serviços deram com a cara na porta.
A categoria exige reajuste salarial de 9,56%, equivalente à inflação dos últimos 12 meses medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo. A empresa oferece 6%. Entre as outras reivindicações está a contratação urgente de funcionários; padronização dos postos de trabalho e, principalmente, a manutenção do plano de saúde sem desconto salarial. A questão do atendimento médico está na proposta formulada pelo Tribunal Superior do Trabalho, que faz a intemediação das negociações. O TST acena também com a incorporação ao salário de uma gratificação R$ 150 e o pagamento de um abono de R$ 200, em duas parcelas. Uma assembleia está marcada para a próxima segunda-feira, às 10 horas, no Rio.
A agência mais vazia que o normal sugere que o atendimento será rápido, mas não é bem isso o que acontece. Com efetivo reduzido tanto na parte de atendimento, como na perícia médica, a agência do INSS de Cabo Frio, que hoje completa o 72º dia de paralisação, está longe de proporcionar um bom serviço aos segurados da Previdência e à população em geral.
*Leia a matéria completa na edição impressa desta quinta-feira (17)