Greves dos servidores do INSS e TRT completam 90 dias nesta quinta-feira (10)
Sessão marcada para o dia 22 pode definir fim da greve do TRT
Já são 90 dias de portas fechadas e serviços parcialmente suspensos do TRT e do INSS. As categorias seguem a greve nacional por melhorias salariais que pedem reposição de perdas inflacionárias para os servidores do TRT e 27,5% de reajuste salarial para funcionários do INSS.
A próxima sessão marcada para definir a aprovação do Projeto que repõe as perdas inflacionárias do Poder Judiciário, acumuladas em 50% desde 2006, acontece no próximo dia 22. A última sessão aconteceria no último dia 2, mas teve que ser interrompida diante da possibilidade de queda do Projeto. No total, mais de 100.00 servidores da Justiça Trabalhista, Eleitoral e Federal, de todos os estados, apoiam a greve, que já é considerada a maior da história do Poder Judiciário.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, propôs um reajuste que reduz a remuneração dos servidores da Justiça do Trabalho.
De braços cruzados desde o dia 7 de julho, os funcionários do INSS pedem, além da reajuste salarial, jornada de 30 horas e incorporação das gratificações para a aposentadoria. A contraproposta do governo foi de um reajuste de 10,8% e foi rejeitada.
Segundo determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) as agências do INSS devem funcionar com, pelo menos, 60% dos funcionários. No entanto, muitas agências estão com as portas fechadas. Além disso, os médicos peritos também aderiram à paralisação.
Para evitar prejuízos nos benefícios, o Instituto Nacional do Seguro Social considerará a data originalmente agendada como a de entrada no requerimento.
De acordo com a aposentada Lecy Macedo, 65, a paralisação é prejudicial à população.
– Concordo que todos devam lutar pelos seus direitos, mas, de fato, prejudica. A pessoa às vezes pode perder um dia para ir ao Centro e acaba se deparando com uma greve. Isso prejudica o atendimento, que já não tem muitos funcionários – concluiu.
Outros municípios da Região dos Lagos aderiram à greve. Além de Cabo Frio, Arraial do Cabo e Saquarema também estão em greve. De acordo com dados do Ministério da Previdência Social, das 1.605 agências do país, 196 estavam fechadas e 273 permaneciam com atendimento parcial.