Auxílio-doença pode sair hoje
Ordem de pagamento já estaria no banco, mas falta aval da Prefeitura
RODRIGO BRANCO
O calvário dos servidores com o auxílio-doença pode acabar ainda hoje. Isso porque, segundo informações de fontes ligadas ao Instituto de Benefícios e Assistência aos Servidores Municipais de Cabo Frio (Ibascaf), o benefício, atrasado há 13 dias, pode ser liberado nas próximas horas. A ordem de pagamento, inclusive, estaria no Banco do Brasil, mas pendente pela autorização da Prefeitura.
No entanto, enquanto o dinheiro não sai, os beneficiários seguem em apuros, aguardando uma rápida solução para o problema. Uma funcionária da Prefeitura que pediu para não ser identificada e foi operada recentemente tem sofrido não apenas com as constantes viagens para os procedimentos pós-operatórios, mas com as despesas do tratamento.
– Passamos por dificuldades. Os remédios custam caro, mais de R$ 200 – disse.
Precisando colocar as contas em dia, Débora Naval aguada o pagamento do benefício
Personagem do drama estampado na capa da Folha da última quinta-feira, José Gessé da Silva Santos, 58, está tendo que recorrer às irmãs para comprar os remédios para o tratamento cardíaco que faz, após um infarto sofrido em outubro. Mesmo com aluguel atrasado, ele saiu da casa da sobrinha e voltou para o Jardim Esperança.
– Elas estão comprando os remédios no cartão. Estou devendo a elas. Não sei o que fazer. Acho que vou recorrer ao Ministério Público se o dinheiro não sair. Minha dívida só aumenta – desespera-se.
Ciente do caso de Gessé, o presidente do Sindicato dos Profissionais de Saúde Cabo Frio (SindSaúde), Gelcimar Almeida, o Mazinho, pretende pressionar a presidente do Instituto, Reuza Maria Soares. Na manhã de hoje, durante reunião do Conselho Fiscal, Mazinho pretende articular junto aos demais conselheiros um encontro para buscar uma solução para o atraso.
– Isso é desumano. No momento que mais precisa, não é feito o pagamento na data correta. É uma falta de respeito muito grande – comentou Mazinho.
Procurada, a assessoria da Prefeitura não atendeu a reportagem para comentar o assunto.