O trio formado pelo surfista Eric Rebière, de Arraial do Cabo, Willyam Santana e Gonçalo Pereira conquistou o segundo lugar no Desafio Gigantes de Nazaré 2025, realizado neste domingo (13), em Portugal.

Recentemente, Eric Rebière transformou suas experiências na elite do surfe mundial no romance “Surfista carioca”, publicado pela editora Sophia. O segundo volume da série tem lançamento previsto ainda para 2025. Mais do que aventuras no mar, a obra mergulha no cotidiano de uma família do subúrbio carioca nos anos 1990.

A trama acompanha a adolescência e juventude de Gabriel, protagonista que vive em constante disputa com o irmão, Alexandre, sob a rígida — e por vezes carinhosa — condução do pai. O livro revela o contraste social entre a periferia e a Zona Sul do Rio de Janeiro, que o jovem surfista começa a perceber durante suas viagens para competir nas categorias de base. Ao longo de sua jornada, Gabriel descobre um novo universo através do esporte e aceita um convite desafiador: uma viagem ao Peru, repleta de aprendizados, encrencas e ondas gigantes.

Na vida real, os desafios também não são poucos para os surfistas de alto rendimento. Durante esta edição do Desafio Gigantes de Nazaré, Willyam Santana e o piloto de resgate Daniel Rangel sofreram um acidente em uma onda gigante, mas felizmente saíram ilesos.

— O campeonato é muito importante para os brasileiros. Desta vez, vivemos um dos maiores acidentes da história dos Gigantes de Nazaré com a nossa equipe. Cheguei a pensar que os dois tivessem se machucado gravemente. Graças a Deus, não veio uma onda atrás — relatou Eric Rebière.

O torneio foi vencido pelo trio formado por Pedro Scooby, Lucas Chumbo e Lucas Fink. Scooby levou o prêmio de maior onda surfada: impressionantes 18,08 metros — o equivalente a um prédio de seis andares. Até então, Willyam Santana liderava a disputa com uma onda de 17,62 metros. Já Lucas Chumbo foi premiado pela melhor performance do desafio, com manobras precisas e ousadia em mar aberto.

A edição de 2025 bateu recorde de participação, reunindo 21 competidores — o maior número já registrado na história dos Gigantes de Nazaré.