Ator de Cabo Frio participa de filme premiado em Veneza e que pode concorrer ao Oscar
Daniel Ericsson interpreta um agente militar em "Ainda Estou Aqui", dirigido por Walter Salles
Para contar essa história baseada em fatos reais, o elenco é de peso. Além de Fernanda Montenegro, Fernanda Torres, Selton Mello, Marjorie Estiano, Humberto Carrão, Dan Stulbach e Daniel Dantas, o filme também tem a participação de um ator de Cabo Frio. Embora tenha nascido na Suécia, Daniel Ericsson se diz “cabo-friense de alma” porque cresceu na cidade da Região dos Lagos. No filme ele interpreta Vinicius, um agente envolvido na “captura” de Rubens Paiva.
O filme foi gravado ao longo de 2023, o que foi um grande desafio para o ator: na mesma época ele estava envolvido com o espetáculo “Um coração de Van Gogh”, inspirado em trechos da vida de um dos maiores representantes do pós-impressionismo no mundo. Segundo Daniel, todas as cenas do longa foram gravadas na sequência dos acontecimentos. “Genialidade de Walter Salles, que favorece ao elenco um envolvimento de linha contínua com a história” - revelou.
“Ainda Estou Aqui” se passa no início dos anos 1970, quando Rubens Paiva (vivido por Selton Mello), um político opositor ao regime, foi capturado por militares, torturado e morto. Eunice (Fernanda Torres / Fernanda Montenegro), esposa de Rubens, precisou se reinventar para cuidar dos cinco filhos enquanto buscava a verdade sobre o paradeiro do marido.
Daniel, que também está participando da novela “Mania de Você” (Rede Globo), reforçou a importância do investimento em políticas públicas voltadas para a cultura, e lamentou o atual cenário em Cabo Frio.
– Temos artistas fantásticos. Somos um povo culturalmente riquíssimo, com margem vasta para criar e produzir obras primas em todas as áreas. É dever da nossa política fomentar a cultura. Hoje, nossa cidade está carente de centros de formação artística, de equipamentos públicos para exibição de peças de teatro e festivais. Quero crer que isto mudará, e quero que seja esta uma missão das políticas públicas e de todos nós, artistas, e da população.