Poeta cabo-friense Cardoso da Fonseca é o próximo homenageado em sarau no espaço Sophia Editora
Encontro acontece nesta quarta-feira (26/06), a partir das 18h, com participação do historiador Pierre de Cristo
O poeta cabo-friense Cardoso da Fonseca será o homenageado da próxima edição do sarau no espaço Sophia Editora, localizado na Rua Major Belegard 502, Centro. Aberto ao público, o evento acontece nesta quarta-feira (26/06), a partir das 18h.
Antenor Cardoso da Fonseca (1919-2007) é autor de “Cantando na Mocidade”, “Cantos Revolucionários” e “Canto Azul de Amor, de Mar e de Sol à Cultura, ao Turismo e à Ecologia da Região dos Lagos e Litoral do Norte Fluminense, em Noite de Luar”. Diz Célio Mendes Guimarães: “Cardoso da Fonseca trata-se de um dos mais eruditos poetas cabo-frienses, com inúmeras produções de sobressaído valor literário”.
Durante o encontro, o historiador Pierre de Cristo falará sobre a vida de Cardoso da Fonseca e as origens do bairro Porto do Carro. Cardoso da Fonseca era filho de Antônio Luiz da Fonseca, um português que chegou ao Brasil no início do século 20 e cujo espírito empreendedor fez nascer a então tradicional Olaria Fonseca, que explica o nome dado originalmente ao lugar: bairro Fonseca. Depois, os moradores passariam a chamar o bairro de Porto do Carro, assim como a área que pertence a São Pedro da Aldeia.
O evento é fruto de parceria entre a Sophia e o Sarau Maldito, idealizado pelo artista plástico Rapha Ferreira.
Canto azul de amor a Cabo Frio
De Cardoso da Fonseca
É noite de lua
na Região dos Lagos,
poetas, sonhai !
E em face à beleza
desta Natureza,
em coro cantai !
Cantai
Cabo Frio,
cidade de praias
tão lindas
com o seu mar azul,
qual
noiva formosa,
por esse
esposada
em noite taful!
A Casa de Pedra,
igrejas,
Convento,
Forte São Mateus
— relíquias
sagradas
que falam
de lendas
mais perto
de Deus!
As suas
gaivotas
— boêmias
das águas
do Itajuru ;
e no cais
da ponte,
o povo se agita
na pesca empolgada
do carapicu!
Senhora da Guia,
festa do Divino,
festa da Assunção ;
de sal
que tapetes
na de
Corpus Christi !
e a do camarão ?
Seu anjo caído
na Ilha Palmer,
ao poente, oh ! Beleza !
na calma
Lagoa,
qual Torre de Pisa,
erguida,
inclinada,
saudando Veneza!