Cabo Frio e Araruama estão entre as 100 cidades mais violentas do país
Dado foi revelado esta semana pelo Atlas da Violência 2024
Esta semana o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou a edição 2024 do Atlas da Violência, um relatório que atualiza, anualmente, os dados de violência no Brasil. O novo trabalho, feito em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), revela que o estado do Rio de Janeiro tem 15 das 100 cidades (com mais de 100 mil habitantes) com maior taxa de homicídios por habitante do Brasil. Destas, duas são da Região dos Lagos: Cabo Frio e Araruama. O levantamento considera dados entre os anos de 2012 e 2022.
De acordo com o Atlas, Cabo Frio aparece em oitavo lugar no ranking proporcional das 15 cidades mais violentas do estado com 36,5 mortes por 100 mil habitantes, à frente de Mesquita (35,9 mortes por 100 mil), Nova Iguaçu (35,8 mortes por 100 mil); Belford Roxo (35,8 mortes por 100 mil), Itaperuna (35,6 mortes por 100 mil), São João de Meriti (35,2 mortes por 100 mil), Nilópolis (34,7 mortes por 100 mil) e Araruama, na 15ª posição, com 34,7 mortes por 100 mil habitantes.
Entre as sete cidades do estado que superaram a marca de Cabo Frio, Itaguaí lidera o ranking com 59,9 mortes por 100 mil, seguida de Queimados (58,4 mortes por 100 mil), Macaé (40,6 mortes por 100 mil), Itaboraí (40,6 mortes por 100 mil), Duque de Caxias (39,7 mortes por 100 mil), Magé (39,5 mortes por 100 mil) e Angra dos Reis (39,4 mortes por 100 mil). No ranking nacional, Cabo Frio aparece na 82ª colocação, e Araruama na 93ª.
Apesar disso, desta vez o estado do Rio não aparece entre os 10 mais violentos do país na proporção de homicídio por 100 mil habitantes: o levantamento revela que houve uma queda de 26% entre os anos de 2012 e 2022. Na edição 2024 quem ocupa a posição de estado mais violento do país é a Bahia, seguido do Amazonas, Amapá, Roraima, Pernambuco, Alagoas, Rondônia, Pará, Sergipe e Ceará. De acordo com o IPEA, o Brasil teve 46.409 homicídios registrados em 2022, o que representa uma redução de 3,6% em relação ao ano anterior, e uma queda de 24,9% em comparação há 10 anos.