Ano letivo de Cabo Frio vai começar com paralisação
Decisão foi tomada durante assembleia do Sepe Lagos nesta quinta (1)
A primeira semana do ano letivo de Cabo Frio já será com paralisação. Em assembleia do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe Lagos), realizada nesta quinta-feira (1), os profissionais da Educação decidiram parar por 24 horas como forma de advertência por conta de direitos que estariam sendo negados pela Prefeitura de Cabo Frio. O início das aulas na cidade será no próximo dia 19, e a data escolhida para a paralisação é o dia 22 de fevereiro.
Em recente conversa com a Folha, a coordenadora geral do Sepe Lagos, Denize Alvarenga, já havia antecipado a possibilidade de uma greve, o que ainda não está descartado.
– Marcamos a assembleia porque temos um quadro caótico na educação de Cabo Frio. Além do problema com a convocação dos aprovados nos últimos concursos, temos o descumprimento de PCCR, do piso nacional do magistério, os enquadramentos estão parados, os reajustes anuais não acontecem, entre muitas outras questões. O reajuste do ano passado, por exemplo, não atendeu a todos os profissionais: só quem recebeu foram os docentes que estavam abaixo do piso, porque todos os demais profissionais ficaram sem reajuste - relatou Denize.
Na última semana o Sepe Lagos até chegou a se reunir com a secretária municipal de Educação de Cabo Frio, Rejane Jorge. Mas segundo o sindicato, “foram feitas pouquíssimas propostas de solução para os 10 pontos de pauta que foram objeto de discussão na reunião”.
Segundo o Sepe, a secretária chegou a apresentar a minuta de um memorando que pretendia enviar ao gabinete da prefeita Magdala Furtado. No documento, ainda não finalizado, a gestora solicitava à prefeita a adequação dos salários dos professores da categoria funcional Docente II ao Piso Salarial Nacional do Magistério, e mostrou, ainda, planilhas que aspiravam apontar impacto financeiro sobre a implementação dessa adequação. Mas, em uma análise imediata dos documentos, o Sepe verificou que ambos continham equívocos, como, por exemplo, o não respeito às diferenças salariais entre os níveis da carreira e os graus de escolaridade dos profissionais.
Como forma de protesto, o sindicato decidiu promover uma intervenção na Jornada Pedagógica 2024 da Secretaria Municipal de Educação (Seme), que aconteceu nesta quinta (1). Durante o evento a entidade distribuiu panfletos com informes sobre as negociações com o governo pelo reajuste salarial, cumprimento do Piso, respeito ao PCCR e quitação dos enquadramentos e resíduos trabalhistas, dentre muitas outras demandas.