Santo Samba comemora 11 anos com Roberta Espinosa, Max Prates e Juliara Ghiner
Comemoração acontece na Casa do Bicentenário, anexo ao Parque Municipal do Itajuru, neste sábado (30)
Neste sábado (30) a edição do Santo Samba, em Cabo Frio, será especial. É a comemoração dos 11 anos de uma das principais rodas de samba da região, sob a coordenação de Luciana Branco. A comemoração, das 13h às 19h, será na Casa do Bicentenário, anexo ao Parque Municipal do Itajuru, e em grande estilo, com Roberta Espinosa, Max Prates e Juliara Ghiner. A entrada vai custar 1kg de alimento não perecível ou R$ 10 por pessoa.
– É sempre uma felicidade voltar ao Santo Samba, principalmente em uma data comemorativa, em um aniversário simbólico de 11 anos. Eu participei de uma das primeiras edições, que ainda eram feitas no canal. Depois disso construí uma história de muito carinho e muito afeto com o Santo Samba. Já participei de muitas edições, comandei outras trazendo convidados do Rio de Janeiro, de Cabo Frio… Então é muita felicidade, e uma honra estar novamente de volta contando um pouco da nossa história em forma de música – disse Roberta Espinosa, anunciando um repertório com muito samba de raiz e pagode anos 90 e atual. – Vamos fazer uma mistura boa e vai ser lindão – garantiu.
Max Prates também não esconde a alegria de fazer parte deste momento. À Folha ele contou que o Santo Samba faz parte da sua história musical na região.
– Eu comecei na banda fixa do projeto, lá no início. Depois, por conta de vários outros compromissos, tive que sair. Mas a Luciana Branco sempre me deixou as portas abertas. E eu, como bom filho, sempre voltei à casa. Fiz inúmeras participações especiais e dei “canja” em diversas edições do projeto. Então, me considero cria do Santo Samba. Tenho uma forte relação de pertencimento em relação a ele – contou.
O repertório de Max será um tributo ao grande mestre Arlindo Cruz, considerado pelo cantor como “o maior poeta do samba do tempo atual”.
– O que o público pode esperar é um show repleto dos grandes clássicos. Canções que são de autoria do Arlindo, individualmente ou com outros parceiros, ou até mesmo músicas de outros compositores, mas cujas gravações ficaram eternizadas na sua voz. No fim, a gente fecha em alto astral com sambas de enredo do Império Serrano e de outras agremiações do Rio – contou.
Outra atração do aniversário, Juliara Ghiner se disse honrada em ser uma das convidadas “não só pelo aniversário, que é de certa forma a mais pura expressão da frase ‘o samba é resistência’, mas também por fazer parte da história de um evento já consagrado na nossa região, trazendo cultura, entretenimento e sobretudo, alegria para as pessoas”. Para isso, ele selecionou músicas que estão na boca do povo.
– Gosto de ouvir o público cantar e trocar essa energia. Então cantarei “Se a fila andar”, que é umas das que eu amo, e “Nossa escola”, mais conhecida como “Dona Ivone Lara, uma jóia rara…”, que fala um pouco sobre os nossos mestres que abriram o caminho do samba. Mas vou cantar também músicas autorais como “Herança Musical”, que fala um pouco da minha história e sobre a origem do meu canto. Minha bisavó era indígena e eu sinto que mesmo não tendo a conhecido herdei muitas coisas dela. Minha avó viveu muito o samba, pois o seu ex-marido só escutava isso o dia todo, consequentemente minha mãe e minhas tias cresceram com essa cultura. Ou seja, o samba também é minha raiz.
O Santo Samba surgiu inspirado na roda de samba que acontece na Pedra do Sal, Rio de Janeiro, lugar ancestral, histórico e de muita força, segundo Luciana Branco, que há 11 anos comanda o evento.
– O Santo Samba nasceu em setembro de 2012 com a pegada de samba na rua, democrático e não elitizado. Estamos completando, neste sábado (30), 111 edições do projeto – festejou a produtora.