Esportes

Reforma do Ginásio Poliesportivo Vivaldo Barreto, no Jardim Esperança, não sai do papel

Prefeita Magdala Furtado tem que dar aval para início das obras no Vivaldo Barreto

30 SET 2023 • POR Redação • 09h30

A sonhada reforma do Ginásio Poliesportivo Vivaldo Barreto, no Jardim Esperança ainda parece distante de se tornar realidade. Quatro meses após a abertura dos envelopes do processo de licitação, o último andamento, segundo o Portal da Transparência, foi no dia 14 de julho, quando a Secretaria Municipal de Turismo, Esporte e Lazer publicou no Diário Oficial (edição 733 - caderno I) o Termo de Adjudicação e Homologação de Tomada de Preço Nº 002/2023 em favor da Criar Consultoria e Serviços. O valor do contrato é de R$ 1.072.565,14.

Antes deste processo licitatório, um outro já havia sido lançado em fevereiro deste ano, mas acabou sendo anulado um mês depois. Entre as justificativas da secretária Paula Pinheiro, estava “a necessidade de alteração do Projeto Básico”.De acordo com o novo edital, uma vez homologado o resultado da licitação o adjudicatário será convocado, por escrito, para, no prazo de cinco dias corridos, contados da convocação, assinar o Termo de Contrato. O mesmo documento diz que o prazo para o início dos trabalhos é de dois dias, contados do recebimento do Termo de Início de Obras, e que após isso o prazo de execução é de quatro meses. No entanto, segundo desportistas ouvidos pela Folha, o trâmite estaria parado aguardando uma assinatura da prefeita Magdala Furtado.

“A licitação já foi realizada e só falta a assinatura da prefeita. Estamos pedindo pelo esporte e seus verdadeiros desportistas”, escreveu Dário Monteiro em uma rede social ao postar o vídeo de uma visita que fez no ginásio na última segunda-feira (25). Em conversa com a Folha, o vice-presidente técnico da Liga Cabofriense de Futsal afirmou ainda que, junto com outros desportistas e pais de atletas, está fazendo um movimento com intuito de sensibilizar a prefeita para que autorize logo o início das obras.

Com um campeonato de futsal em andamento, Dário contou que tem recorrido à quadra da Escola Municipal Edilson Duarte,e às vezes ao Ginásio Poliesportivo João Augusto Teixeira Silva, em Tamoios. Mesmo assim, revela que tem enfrentado algumas dificuldades com relação à infraestrutura.

– Estamos fazendo o campeonato com muita dificuldades pois são seis categorias: sub 7, sub 9, sub 11, sub 13 , sub 15 e Adulto. Entendemos que mesmo com muitas dificuldades temos que ter o esporte. A Escola Municipal Edilson Duarte está sendo uma grande parceira do retorno do futsal, e mesmo com a distância fizemos alguns jogos em Tamoios, mas não é o ideal. Inclusive a maior dor de cabeça no futsal é pela falta de estrutura, a superlotação na escola Edilson Duarte, porque os jogos estão lotando – revelou Dário Monteiro.

Além do Vivaldo Barreto, outro importante ginásio de Cabo Frio segue fechado para competições: inaugurado em dezembro de 2004, e interditado em setembro de 2017, o Ginásio Poliesportivo Alfredo Barreto, no bairro Itajuru, continua parcialmente fechado e sem previsão de reabertura da quadra. Palco de grandes eventos esportivos e culturais, o espaço já chegou a receber mais de quatro mil pessoas nos jogos das seleções brasileiras de futsal, em 2005 e 2014, e de vôlei, em 2006 e 2013. Também recebeu inúmeras competições esportivas de alcance mundial, como o Festival Internacional de Dança. Mas há anos sofre com o abandono do poder público e com problemas de estrutura do telhado, que fazem com que a quadra permaneça fechada há seis anos.

Em agosto de 2018, durante a gestão do ex-prefeito Adriano Moreno, uma comitiva chegou a ser formada pelos então secretários de Obras, José Bulcão da Silveira Filho, de Desenvolvimento da Cidade, Felipe Araújo, e o presidente da Comsercaf, Luiz Claudio Gama, além de funcionários das respectivas pastas. Na ocasião, um engenheiro calculista também esteve no local para uma análise preliminar e um laudo, que seria elaborado para criação de um projeto para a aplicação de uma escora de sustentação no telhado da quadra. Desde então, nada aconteceu.

– Esses dois ginásios representam tudo para o esporte, pois além dos jogos do futsal, podemos fazer handebol, vôlei e competições de arte marciais. O fechamento deles representa um prejuízo enorme pela falta de fomentação do esporte e incentivo a todas as modalidades – avaliou Dário Monteiro.

Na última terça (26) a Folha entrou em contato com a Prefeitura e solicitou nota sobre a demora no andamento da licitação do Vivaldo Barreto e sobre o abandono do Alfredo Barreto, mas não houve resposta até o fechamento desta edição.