Cadu Playboy

Defesa de Cadu fala em fraude

Perito contratado contesta escutas que deram origem à denúncia do MP

24 JUN 2015 • POR • 09h49

Perito contratado pela defesa de Carlos Eduardo Rocha Freire Barboza, o Cadu Playboy, preso desde novembro do ano passado, acusado de ser um dos principais chefes do tráfico de drogas na Região dos Lagos, está contestando o que aponta como provável fraude na interceptação de conversas telefônicas entre Cadu e seus comparsas, que deram origem à denúncia do Ministério Público (MPRJ) que originou 26 mandados de prisão. O profissional, cujo nome não foi revelado, foi ouvido pela Justiça na última segunda-feira, o que deve se repetir amanhã (25).

Além de Cadu, outras 25 pessoas foram citadas no documento do Ministério Público, resultado de investigação que resultou em janeiro deste ano na Operação Dominação, entre os quais o seu pai, o ex-presidente da Empresa Cabista de Desenvolvimento Urbano e Turismo, Francisco Eduardo Freire Barboza, o Chico, acusado de participar de um esquema de lavagem de dinheiro da quadrilha. Os demais citados respondem pelos crimes de tráfico de drogas, organização criminosa, receptação, lavagem de dinheiro e comércio ilegal de armas de fogo, entre outros.

A quadrilha também é acusada de praticar crimes eleitorais no primeiro turno das eleições de outubro de 2014. O líder da quadrilha, Cadu Playboy, teria mobilizado moradores de Cabo Frio e São Pedro da Aldeia para a compra de votos e boca de urna em favor de candidatos a deputado estadual e federal. O grupo chegou a praticar atos de violência para afastar cabos eleitorais adversários. O objetivo era lançar a candidatura de pessoas da comunidade ligadas ao tráfico ao cargo de vereador nas eleições de 2016.
 

*Leia matéria completa na edição impressa desta quarta-feira da Folha.