Caso GAS: PF e Receita fazem nova ação da Operação Kryptos
Dois mandados de prisão preventiva foram cumpridos no Rio de Janeiro
Policiais federais cumprem hoje (9) dois mandados de prisão preventiva e dois de busca e apreensão contra integrantes da empresa GAS Consultoria, na segunda fase da Operação Kryptos.
Segundo a Receita Federal, a empresa atua como se fosse um fundo de investimento, em que o investidor adquire uma quantia determinada de cotas e recebe rendimentos fixos.
Os investigadores afirmam que, em um mercado volátil como o das criptomoedas (que incluem os bitcoins), não é sustentável prometer uma rentabilidade fixa aos investidores e, por isso, a empresa recorreria a uma pirâmide financeira.
Na primeira etapa, em 25 de agosto, os agentes prenderam Glaidson Acácio dos Santos, dono da GAS Consultoria.
Nova carreata pediu a liberdade de Glaidson
Preso no dia 25 de agosto, o empresário Glaidson Acácio dos Santos passou o feriadão da Independência do Brasil atrás das grades. Uma nova carreata foi realizada pedindo sua liberdade. O ato aconteceu às 17h, saindo da orla da Praia do Forte, e contou com a presença de diversos veículos.
A mulher de Glaidson, a venezuelana Mirelis Zerpa, de 38 anos, continua foragida e sendo procurada pela Interpol, acusada de também estar envolvida na pirâmide financeira. Ela teria fugido para Miami, nos Estados Unidos, com um visto de estudante, dois dias antes da prisão do marido. Conforme as investigações da Polícia Federal, ela é sócia de Glaidson em duas empresas, que movimentaram mais de R$ 38,2 bilhões. Segundo o colunista do jornal O Globo, Anselmo Gois, antes de fugir, Mirelis teria sacado 4.330 unidades da criptomoeda, algo em torno de R$ 1,12 bilhão, na cotação atual do criptoativo, de acordo com dados do site Coin Market Cap.
Glaidson teve dois pedidos de Habeas Corpus negados pela Justiça.