Prefeito viaja mas vice não pode assumir em Armação dos Búzios
Vereador afirma que cidade "está sem prefeito"
As viagens do prefeito de Armação dos Búzios, André Granado, estão provocando novas polêmicas na cidade. Desta vez, o imbróglio envolve uma autorização para que o prefeito possa viajar “sem prejuízo das prerrogativas de chefe do poder executivo”. Ou seja, ele continuaria sendo prefeito mesmo estando fora do país. Vereadores da oposição afirmam que a autorização é ilegal e o vice-prefeito Carlos Alberto Muniz entrou na Justiça para poder assumir.
A autorização foi dada por meio de um decreto legislativo aprovado no plenário da Câmara Municipal. Nove dos 11 vereadores votaram a favor. Os parlamentares Felipe Lopes (PDT) e Gugu de Nair (PT do B) foram contrariamente à proposta.
– O decreto é totalmente inconstitucional. É um remendo jurídico para dar poder de prefeito ao chefe do executivo mesmo estando fora do país. Isso é contra a Constituição e a Lei Orgânica do Município, que dizem que na ausência do prefeito deve se dar posse ao vice – afirma o vereador Felipe Lopes, completando.
– Como o vice-prefeito recorreu na Justiça para ser empossado, mas ainda não foi, hoje Búzios está sem prefeito. Se acontece uma calamidade, ou se o judiciário solicita uma informação com urgência, não é possível despachar – disse ele.
Nesta segunda-feira (19), de posse de uma liminar, o vice-prefeito foi até a prefeitura para tentar assumir o cargo. No entanto, ele foi surpreendido por um mandado de segurança que a Procuradoria da prefeitura conseguiu em segunda instância revertendo a decisão. Com isso, Carlos Alberto Muniz terá que recorrer novamente.
Na semana passada o prefeito André Granado viajou para a França. Ele ainda deve ir ao Vaticano antes de voltar para Búzios. De acordo com o pedido de autorização para viajar enviado à Câmara, a volta do prefeito está prevista para o dia 30 de maio.
Veja a reportagem completa na edição da Folha dos Lagos desta terça-feira (20).