Prefeitura garante fiação da Ampla no subsolo da Joaquim Nogueira
Concessionária afirma que conta será paga pelo município
As obras para readequação das redes elétrica e telefônica na Avenida Joaquim Nogueira, em São Cristóvão, seguem a todo vapor, mas ainda não é certo quem, no final, pagará a conta da mudança da fiação do modelo aéreo para subterrâneo. Enquanto a prefeitura afirma que ainda se reunirá com diretores da Ampla e da Oi, a fim de resolver o assunto, a concessionária de energia elétrica garante que os custos pela substituição dos postes por cabeação de subsolo serão totalmente arcados pelos cofres municipais.
O secretário municipal de Obras, Paulo Castro, garantiu que não haverá problemas e disse que tudo o que foi feito até o momento teve o acompanhamento de técnicos das duas empresas.
– Ela (a Ampla) diz o que lhe interessa. O que importa é o interesse do município e não o da Ampla. Isso vai ser resolvido posteriormente, ao término da obra da calçada do outro lado (oposta à do Estádio Correão) – afirmou.
De acordo com Castro, no entanto, as conversas só deverão ser realizadas a partir de março do ano que vem, após a alta temporada, uma vez que após o término das atuais intervenções, elas serão paralisadas para os festejos de final de ano e retomadas no final do verão.
– Trata-se de uma obra altamente técnica, de difícil conclusão. Sairão todos os postes. Estamos colocando toda tubulação e as caixas de passagem para depois refazermos a calçada. Todo o projeto foi apresentado para a Ampla e a Oi. Tudo para melhorar a Joaquim Nogueira uma avenida nova, comercial e turística – disse Castro.
Em nota, a Ampla informou que não recebeu nenhum pedido da prefeitura para realocação da rede elétrica no bairro de São Cristóvão. A distribuidora esclareceu ainda que o padrão da rede da companhia é aéreo e ressalta que, de acordo com a Resolução 414/2010 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), no caso de adequação da rede para melhoria de aspectos estéticos, com instalação da rede subterrânea, a responsabilidade do custo integral é do solicitante, no caso, a prefeitura.
Enquanto a primeira etapa das obras não termina, para tormento de pedestres e comerciantes, conforme matéria publicada pela Folha na última semana, o secretário estima que serão necessário mais 30 dias s para a sua conclusão.
– É uma obra chata, com muitos detalhes, mas acredito que o prazo para o seu término não seja maior que este – acredita.