Plano de mobilidade é sancionado e já prevê ações em curto prazo
Nos próximos dois anos, documento foca nas ciclovias, acessibilidade e integração do transporte público
Na manhã de ontem, o prefeito Adriano Moreno sancionou a lei 3.034/2019, que regulamenta o Plano de Mobilidade de Cabo Frio, que havia sido aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal. Após a publicação no Diário Oficial, o município poderá receber verbas federais para implementar as ações propostas no documento, que terá intervenções no prazo de até dois anos nas ciclovias e em obras de sinalização e acessibilidade.
O plano é o resultado de análises quantitativas e qualitativas, com métricas precisas de locomoção de veículos – motorizados e não motorizados – e pedestres, que definiram boa parte do planejamento que resultou em um documento baseado em oito pilares principais: acessibilidade, planejamento cicloviário, transporte público coletivo, transporte motorizado individual, mobilidade e turismo, infraestrutura e planejamento urbano, educação para o trânsito e transporte de cargas.
Destes, de acordo com Isabela Martins, superintendente de mobilidade e engenheira técnica responsável pela elaboração do plano, três são os principais focos do documento: obras de acessibilidade e integração de ciclovias e do transporte público da cidade. Esses pilares terão ações de curto prazo a serem realizadas, no período máximo de dois anos.
– Temos ações de curtíssimo prazo a serem feitas, como por exemplo, a acessibilidade de pedestres em calçadas, implementando também a sinalização vertical e horizontal, de regulamentação e sinalização para turistas. Depois também temos os transportes ativos, com o foco nas bicicletas em Cabo Frio, onde já temos uma utilização muito grande. Faremos a integração das ciclovias e ciclofaixas, pois hoje temos 32 km no primeiro e segundo distrito, mas são mal sinalizadas e separadas. E por fim a integração dos transportes coletivos com esses dois meios de locomoção, principalmente com as ciclovias.
O processo de elaboração do plano foi longo, feito entre 2017 e 2019, e contou com a participação popular através de reuniões com setores da sociedade civil e com moradores de diversos bairros da cidade. Segundo Isabela, tal contribuição foi fundamental, sendo o documento um reflexo do que foi debatido com a sociedade.
– Conseguimos compilar as principais demandas da população e, no final, voltamos a debater as diretrizes do plano e ações que tínhamos proposto a partir dessas informações. Essa participação deles foi muito importante, pois, com o documento pronto, as necessidades deles estão agora representadas no plano, sendo um reflexo do que eles esperam para o município – disse ela.
Os recursos serão angariados por meio de emendas parlamentares e do Ministério do Desenvolvimento Regional. Além disso, a própria secretaria de Mobilidade Urbana também poderá usar recursos próprios para financiar ações pontuais do plano.
Everaldo Loback, secretário de Mobilidade Urbana, afirma que a maior dificuldade será o momento financeiro do país.
– Hoje a cidade tem necessidade de tudo. Cabo Frio não tem um sistema semafórico à altura, por exemplo. A gente tem que pensar no futuro, e esse futuro tem que começar agora – declarou.