A hotelaria cabo-friense está certa de que novos ares alegram o setor. O carnaval garantiu ocupação superior a 90%, colocando a cidade, junto com Arraial do Cabo, no topo da procura pelos turistas. Agora, com o novo feriadão, o da Semana Santa, o otimismo é maior: o setor espera ocupação de 100%. A prolongada pausa começa dia 18 de abril, Sexta-Feira Santa, vem o sábado, domingo e segunda, 21, é Dia de Tiradentes. A terça é enforcada, e quarta, 23, é feriado Estadual de São Jorge.
O assunto foi exaustivamente analisado e debatido na última quarta-feira, no podcast "Arquivo Aberto", do Canal Moacir Cabral, durante episódio de 60 minutos. Mere Thomaz, do Hotel Malibu, e Renato Marins, do Remar Residence Hotel, e presidente da Associação Comercial (ACIA), fizeram inúmeras abordagens sobre a ocupação hoteleira, mas também manifestaram preocupações.
Para Renato Marins, por exemplo, a não circulação de ônibus no centro urbano é medida que precisa ser repensada, porque, disse ele, "afeta a ocupação hoteleira". "É necessário choque de ordem, sim, mas ele precisa ser revisto", pontuou ele.
Já Mere Thomaz pondera que o indicado é um minucioso estudo de mobilidade urbana para corrigir distorções ou equívocos, citando, como exemplo, que no réveillon não havia ônibus de turismo, mas as ruas ficaram engarrafadas assim mesmo. Ela ressalta que um ônibus ser substituído por 20 táxis pode ter impacto bem maior, daí defender o estudo de mobilidade, mas desde que sempre seja com o foco no planejamento da hospitalidade.
Ainda no "Arquivo Aberto", os entrevistados lamentaram que o pedido de audiência com o prefeito Sérgio Azevedo, o Serginho, feito por 12 entidades, ainda não tenha data marcada.
Enquanto isso, o governo municipal anuncia algumas medidas que os hoteleiros também têm interesse de discutir, como a definição de novas tarifas para os ônibus de turismo e a regulamentação das chamadas casas de aluguel.