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Tecnologia é utilizada no combate ao crime

Aplicativo ajuda a mapear locais com maior número de roubos

17 junho 2014 - 15h01Por Rodrigo Branco
Tecnologia é utilizada no combate ao crime
Em tempos de criminalidade alta mesmo longe das metrópoles, muitos cidadãos desenvolvem autênticas estratégias de sobrevivência para não sucumbir à falta de segurança. Diminuição das saídas noturnas, mudanças constantes de trajeto ou pouco dinheiro na carteira são algumas delas. Por outro lado, muitos têm como principais aliados a tecnologia e os chamados ‘gadgets’, a exemplo de celulares e tablets.
Pensando nesse público, dois jovens egressos do curso de Ciências da Computação da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Márcio Vicente e Fellipe Norton, ambos de 23 anos, criaram uma página colaborativa, a ‘Onde fui Roubado’, na qual as vítimas desse tipo de crime registram dados sobre a ocorrência como endereço, horário, objetos levados e uma breve descrição das circunstâncias. Aversão para iphone também está disponível.
Na Região dos Lagos, o serviço ainda não está muito difundido e desde que o site entrou no ar, foram apenas quatro registros, todos em Cabo Frio. Uma realidade muito diferente da  retratada pelos números oficiais da Secretaria Estadual de Segurança Pública, que indicam 1.383 casos apenas nos três primeiros meses deste ano.
 Como comparação, a cidade que registra o maior número de acessos no Brasil é São Paulo, com 2.869. No estado do Rio, destacam-se a capital, na quarta colocação, com  1.640 registros e Niterói, na Região Metropolitana, em nono lugar, com 435.
 Curiosamente, no ranking dos bairros, apenas o Centro aparece nas estatísticas, que também mostram três assaltos à mão armada. Metade das ocorrências teria ocorrido à noite; mesma proporção daquelas cujas vítimas seriam mulheres.
O verbo na condicional se justifica pelo fato de que não é possível assegurar a veracidade  das informações colocadas na página. Uma das grandes preocupações de seus idealizadores, por sinal, é a possibilidade de trotes na utilização do serviço.
Ressalva endossada pelo comandante-geral do 25º Batalhão de Polícia Militar (25º BPM), tenente-coronel Ruy França que, no entanto, conhece e aprova o recurso.
– É uma boa iniciativa se houver fidedignidade nas informações. Qualquer contribuição, ideia ou mobilização para auxiliar na questão da segurança pública é bem-vinda – reconhece.
Opinião compartilhada  pela delegada-titular da 126ª DP (Cabo Frio), Flávia Monteiro que, no entanto, faz um alerta.
– Só não pode substituir o boletim de ocorrência – adverte.