Uma situação que se desenhava há algum tempo está prestes a acontecer. Asfixiada pela crise financeira do município, a prefeitura tem grandes chances de devolver a administração das Unidades de Pronto Atendimento do Parque Burle e de Tamoios para o Governo do Estado do Rio.
No entanto, a transferência ainda não tem data para acontecer. Segundo o governo municipal, a dívida do estado com a Prefeitura é de quase R$ 8 milhões, incluindo os repasses de R$ 800 mil que não foram feitos nos últimos oito meses. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Carlos Ernesto Dornellas, ainda há uma tentativa para que o débito seja regularizado antes que a devolução das UPAs seja concretizada.
– Estamos conversando para ver se chegamos a um acordo para esses repasses. O objetivo é não prejudicar a população. A dívida está muito alta e estamos renegociando. A intenção é que eles paguem ou assumam as unidades. Os custos de manutenção são elevados. Fazemos 500 atendimentos por dia – argumenta Carlos Ernesto.
A UPA não passou ilesa da crise na rede pública municipal de Saúde, que levou o próprio prefeito Alair Corrêa a assumir o cargo de interventor da área há alguns meses. Relatos de demora no atendimento e falta de medicamento têm sido frequentes.
Há duas semanas, a unidade viveu uma manhã conturbada com a falta de quatro médicos. Boatos de que os profissionais estariam fazendo uma greve por atraso de salários foram logo desmentidos. O próprio diretor da UPA, Nilton Mureb, teve que ajudar a atender os pacientes.
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