Decididamente o clima no Colégio Municipal Rui Barbosa não é dos mais tranquilos para alunos que, no próximo fim de semana, terão pela frente o desafio que representa o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), caso daqueles que estão cursando o 3º ano. Mas o fato é que a possibilidade de o município passar o antigo 2º grau para o Estado, recomendação feita na última semana pelo Ministério Público, é mais um ingrediente de um caldeirão em ebulição que também conta com atraso no pagamento de contratados – a promessa é que o salário vencido no último dia 5 saia nesta terça-feira (20) – e com problemas de estrutura e falta de materiais básicos, como papel.
Em meio ao turbilhão, o diretor-adjunto Carlos Antonio Melo Araújo, que na última segunda-feira (19) fez participação no programa Folha ao Vivo (Rádio Cabo Frio AM), tenta administrar os problemas e afirma que a direção da escola ainda não foi informada pela Prefeitura, tampouco pela secretaria de Educação, sobre os planos a respeito do Rui Barbosa, embora não acredite que o Ensino Médio seja entregue ao estado. Ele disse ainda que, aproximando-se do fim do ano letivo, os estudantes já temem pelo futuro imediato.
– O Rui Barbosa sempre teve excelência. Estadualizar seria muito penoso para a sociedade, porque você iria diminuir o número de escolas. Você teria menos quatro escolas. (Nota da Redação: além do Rui, seriam transferidos o Marli Capp, em Unamar; o Elza Maria Santa Rosa Bernardo, no Jardim Esperança e a Educação de Jovens e Adultos - EJA - do Edilson Duarte, no Jardim Caiçara). Não se fecha escola, se abre escola. Investir em Educação deve ser uma prioridade. Tem que buscar outros mecanismos de tentar resolver essa crise – disse o diretor, para quem a estadualização seria, na prática, o fim da escola, pois o imóvel onde ela funciona, na sua opinião, não tem condições de abrigar turmas do Ensino Fundamental.
*Leia a matéria completa na edição impressa desta terça-feira (20)