O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) entrou no circuito para apurar as mortes de recém-nascidos no Hospital da Mulher, em Cabo Frio. Segundo informação do portal G1, o inquérito para investigar as ocorrências de óbito na unidade desde novembro do ano passado vai ficar a cargo do promotor de Justiça Rafael Dopico da Silva.
A investigação do MP-RJ junta-se a duas realizadas por comissões parlamentares de inquérito (CPIs) formadas para verificar as possíveis irregularidades no hospital, uma da Câmara Municipal e a outra da Assembleia Legislativa (Alerj). A última, inclusive resultou na saída da antiga direção. A nova equipe diretiva foi anunciada ontem.
O promotor deu um prazo de cinco dias úteis para que a Secretaria de Saúde de Cabo Frio informe o número de mortes ocorridas no Hospital da Mulher desde novembro do ano passado, com a indicação dos nomes e endereços das pacientes envolvidas.
Também foram pedidos os nomes dos médicos envolvidos nas ocorrências que resultaram em mortes e se eles mantém vínculo com o hospital. O MP cobrar ainda quais providências estão sendo tomadas para a apuração do número de mortes.
Com o intuito de atuar de forma integrada com as demais instituições que investigam a unidade, o Ministério Público pediu à Alerj e à Câmara Municipal de Cabo Frio relatórios sobre os trabalhos realizados pelas CPI’s.
Ontem, aliás, estavam previstos os depoimentos do secretário de Saúde, Márcio Mureb, e de familiares de uma das vítimas, mas as oitivas foram adiadas para a próxima semana, por causa das fortes chuvas que caíram na capital do Estado. Por esse motivo, todos os trabalhos na Alerj foram suspensos ontem.
Sobre os pedidos do Ministério Público, a Prefeitura de Cabo Frio afirmou “que vai fornecer todas as informações que possam ser solicitadas pelos órgãos para esclarecer todos as dúvidas que possam surgir, não só com relação a Saúde, mas em todos os setores da administração pública. Informou também que a atual gestão preza pela transparência”.