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Morada

Morada do Samba continua interditada

Sem local apropriado para trabalho, agremiações temem que não haja Desfile de Carnaval

12 agosto 2015 - 09h28
Morada do Samba continua interditada

Nicia Carvalho

 

Faltando 181 dias para o Car­naval 2016, o desfile das escolas de samba de Cabo Frio ainda é uma incógnita. O motivo é o bloqueio da Morada do Samba, que continua interditada pelo 18º Grupamento de Bombeiros Militar (GBM) por não atender exigências de segurança e con­tra incêndio. Até o momento, nenhuma adequação ao espaço foi providenciada. Impedidos de usar qualquer dos 14 barracões que compõem o complexo, di­rigentes das escolas de samba temem que o desfile fique com­prometido. A Morada está inter­ditada desde maio.

– O espaço continua interdi­tado porque aguardamos o iní­cio das obras. Mas, para isso, a Prefeitura precisa dar entrada ao processo na Divisão de Serviços Técnicos, no Rio. De lá, eles nos encaminham o laudo com todas as adequações que terão que ser feitas. Os responsáveis sabem do trâmite e temos interesse que tudo se resolva o mais rápido possível, porque quanto mais edificações aprovadas, maior a segurança da cidade – explicou o tenente-coronel Leonardo Cou­ri, comandante do 18º GBM.

O espaço acumula pendências de toda ordem, sejam documen­tais – como laudos de exigências e certificado de aprovação, que sinaliza quando o estabeleci­mento está apto a funcionar – ou de infraestrutura. Neste último, sobram falhas como a necessi­dade de obra para canalização preventiva, instalação de man­gueiras, de tubulações, casa de máquinas contra incêndio (bom­bas para deslocamento de água) e para-raios.

 

Interdição preocupa dirigentes das escolas

 

Para os dirigentes, a demo­ra na adequação da Morada é preoupante. E a alternativa de preparar o desfile do lado de fora dos barracões não é vista com bons olhos.

– Nós precisamos de espaço para trabalhar. Sem barracão fica complicado. Só podemos usar o espaço como depósito porque nada que gere eletricidade pode ser ligado por conta de risco de incêndio. Estamos aguardando definição, mas o tempo passa e nada é feito – reclamou Walfre­do Machado Pimenta, vice-pre­sidente da Em Cima da Hora, atual bicampeã do Grupo Espe­cial.

– Vamos entregar ofício no gabinete do prefeito porque, se essas obras não começarem, não vai ter Carnaval. Até o momento não vimos nenhuma movimen­tação da Prefeitura para o início das melhorias. Fazer os prepara­tivos do lado de fora não é pos­sibilidade, é inviável – disparou João Félix, diretor cultural da Flor da Passagem, agremiação do grupo especial e vice-campeã de 2015.

 

*Leia a matéria completa na edição impressa desta quarta (12)