NICIA CARVALHO
Eis o cenário: pagamentos de empresas contratadas atrasados, especialmente das operadoras do serviço de limpeza, bem como o salários dos respectivos funcionários, tentativa de demissão de trabalhador de uma das terceirizadas que ‘ousou’ denunciar estar a cinco meses sem receber e, somado a isso, lixo espalhado pelos quatro cantos da cidade como mostra o painel de fotos ao lado, em parte enviado por leitores da Folha. Mas, apesar da alegada falta da recursos anunciada a todo instante pela Prefeitura de Cabo Frio, esta semana o governo municipal formalizou aditivo de mais R$ 9,5 milhões para os cofres da Comsercaf, autarquia de limpeza que está fase de extinção.
– O prefeito disse que acabaria com a empresa em três meses, mas apenas no quarto mês mandou a mensagem para a Câmara, que já aprovou. E agora ainda coloca um aditivo para mais dinheiro numa empresa que está encerrando as atividades? É, no mínimo, curioso – disparou Aquiles Barreto (SD) .
Segundo ele, o processo que encerraria as atividades da empresa foi votado há três semanas e outras iniciativas como a mudança de funcionários da autarquia para a Prefeitura já haviam sido iniciadas, ainda que com quatro meses de atraso e sob protestos e manifestações de trabalhadores que alegaram perda de benefícios como cestas básicas. Pela mensagem 14/2015, apreciada pelo plenário da Câmara no mês passado e em entrevista à Folha, o prefeito havia informado que a secretaria de Serviços Públicos poderia ser o destino dos trabalhadores.
De acordo com a Lei Orgânica, a Prefeitura tem limite de até 30% para realizar suplementação em qualquer orçamento do governo, mas ao que parece esta seria, inclusive, a quarta suplementação que o prefeito faz este ano para os cofres da autarquia.
*Leia a matéria completa na edição impressa da Folha dos Lagos deste final de semana.