NICIA CARVALHO
Não bastasse o atraso na entrega dos tablets para alunos da rede municipal de ensino de Cabo Frio, conforme a Folha noticiou na última sexta-feira, outro problema afeta os estudantes: a falta de água, de gás e de merenda. Por conta disso, ontem, crianças da Creche Elenita Ferreira dos Santos, no bairro Manoel Corrêa, foram dispensadas às 11h, ao invés das 17h. Por outro lado, verba federal de R$ 1,5 milhões, exclusiva para uso na alimentação escolar, estaria disponível na conta da Prefeitura desde o ano passado, mas impedida de ser usada por falta de licitação.
– Isso é um absurdo, causa transtornos e prejuízos aos pais. Minha esposa não foi trabalhar hoje (ontem) e amanhã (hoje) ou eu fico e ela vai trabalhar ou vamos ter que levá-lo para o trabalho.
Podemos perder o emprego desse jeito. É um constrangimento para os alunos e os pais. Por que a secretaria (de Educação) não providenciou nada no fim de semana? – criticou Carlos Nixon, que tem um filho de quatro anos.
Em nota, a Prefeitura de Cabo Frio afirmou que a escola é regularmente abastecida com caminhão-pipa, conforme a necessidade, e também que a verba destinada à compra de gás e outros utensílios foi depositada no dia 18. A Secretaria de Educação afirmou ainda que não encoraja ‘rateio de gastos’.
Segundo Carlos Nixon, a escola funciona em horário integral e os pais foram informados pela diretora que as crianças seriam dispensadas a semana inteira às 11 horas. Na sexta (18), só foi possível ter aula devido a um rateio entre os funcionários para a compra de gás de cozinha. A falta de verba para suprir as escolas em itens básicos teria sido avisada pela secretaria de Educação em reunião com diretores das unidades.
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