Deve ser enviada para a Câmara de Vereadores, nos próximos dias, a versão atualizada da minuta da lei que institui o novo Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo do município de Cabo Frio. O texto recente, criado a partir de uma série de reuniões semanais promovidas pelo Conselho Municipal da Cidade, levou em conta sugestões apresentadas pela comunidade, entre elas a redução do gabarito de novos prédios em vários bairros. O documento, aprovado esta semana por unanimidade entre os conselheiros, já está em análise na Procuradoria Geral do governo municipal.
As reuniões para debater a minuta da Lei de Zoneamento de Cabo Frio foram motivadas pela confirmação, há pouco mais de um mês, de que o governo municipal cabo-friense pretendia aumentar os limites de altura para construções residenciais, comerciais e industriais em vários bairros da cidade. A medida já havia sido adiantada pela Folha dos Lagos em abril de 2020, ainda durante o governo do ex-prefeito Adriano Moreno, quando o assunto começou a ser discutido. Na época, o então secretário de Desenvolvimento da Cidade, Felipe Araújo, revelou à Folha, com exclusividade, que a Avenida Joaquim Nogueira, em São Cristóvão, era a maior aposta do governo no novo Plano Diretor.
Já a nova minuta prevê redução do gabarito, mas apenas em alguns trechos. Algumas das propostas aprovadas foram apresentadas pelo Movimento Cabo Frio Sustentável e da ONG Cabo Frio Solidária, que faz parte da Câmara de Área de Especial Interesse Social (AEIS).
Em conversa com a reportagem da Folha esta semana, o secretário municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, Matheus Aragutti Mônica, explicou que a nova minuta aprovada pelo Conselho da Cidade (da qual ele é presidente) “só pode sofrer alterações em questões legais, considerando a análise jurídica”. Esclareceu ainda que após essa análise a mensagem será elaborada e enviada para votação na Câmara dos Vereadores. Para este processo, segundo Matheus, não há prazo estabelecido, mas ele disse acreditar que isso deve acontecer já nos próximos dias.