Nicia Carvalho
A secretaria de Saúde de Cabo Frio descartou a possibilidade de caxumba nos mais de 30 notificações que eram investigadas pela pasta. Os testes para a doença apresentaram resultado negativo e a maioria das ocorrências aconteceu em escola do segundo distrito. Até o momento, o município confirmou apenas seis casos da doença.
Por meio de nota, a secretaria de saúde informou que “a orientação da Secretaria Estadual de Saúde é manter a rotina de vacinação e aguardar, completando as cadernetas incompletas. Não existe orientação – por enquanto – para vacinação em massa. No município não houve aumento considerável no número de crianças com a doença”.
No início do mês passado, o estado do Rio contabilizava um óbito e 606 casos no primeiro semestre do ano, o que levou as autoridades sanitárias do estado a acreditar em surto da doença. Em seis meses o número já é maior do que o total de casos registrados no ano passado, que foi de 561 doentes.
Vacinar é prevenção
A eficácia da vacina contra caxumba é de 97%, segundo especialistas, e a maioria de casos informados ao estado devem ser de pessoas que ainda não haviam sido imunizadas. Apesar de eficiente há quem defenda defenda aplicação da 3ª dose da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) para a faixa etária de 10 a 19 anos, que são os jovens mais atingidos pela doença no estado. Entre as complicações da caxumba estão a meningite viral e esterilidade, casos apontados como mais raros, e encefalite.
Atualmente, a imunização é feita em duas etapas: a primeira quando a criança completa um ano de idade e a segunda, com um ano e três meses, diferentemente do que se fazia décadas atrás, quando a segunda dose era aplicada entre 4 e 6 anos.
Caso um adulto tenha tomado apenas uma dose, pode tomar a segunda e se não tomou nenhuma deve tomar as duas respeitando intervalo de 30 a 60 dias entre elas. Não há registros de que uma pessoa tenha tido caxumba mais de uma vez na vida.