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Auxílio-doença pode sair hoje

Ordem de pagamento já estaria no banco, mas falta aval da Prefeitura

12 agosto 2015 - 08h02

RODRIGO BRANCO

 

O calvário dos servidores com o auxílio-doença pode acabar ainda hoje. Isso porque, segun­do informações de fontes liga­das ao Instituto de Benefícios e Assistência aos Servidores Mu­nicipais de Cabo Frio (Ibascaf), o benefício, atrasado há 13 dias, pode ser liberado nas próximas horas. A ordem de pagamento, inclusive, estaria no Banco do Brasil, mas pendente pela auto­rização da Prefeitura.

No entanto, enquanto o di­nheiro não sai, os beneficiários seguem em apuros, aguardando uma rápida solução para o pro­blema. Uma funcionária da Pre­feitura que pediu para não ser identificada e foi operada recen­temente tem sofrido não apenas com as constantes viagens para os procedimentos pós-operató­rios, mas com as despesas do tratamento.

– Passamos por dificuldades. Os remédios custam caro, mais de R$ 200 – disse.

 

                                                      

                                                 Precisando colocar as contas em dia, Débora Naval aguada o pagamento do benefício

 

Personagem do drama estam­pado na capa da Folha da última quinta-feira, José Gessé da Silva Santos, 58, está tendo que re­correr às irmãs para comprar os remédios para o tratamento car­díaco que faz, após um infarto sofrido em outubro. Mesmo com aluguel atrasado, ele saiu da casa da sobrinha e voltou para o Jar­dim Esperança.

– Elas estão comprando os re­médios no cartão. Estou deven­do a elas. Não sei o que fazer. Acho que vou recorrer ao Minis­tério Público se o dinheiro não sair. Minha dívida só aumenta – desespera-se.

Ciente do caso de Gessé, o presidente do Sindicato dos Pro­fissionais de Saúde Cabo Frio (SindSaúde), Gelcimar Almei­da, o Mazinho, pretende pres­sionar a presidente do Instituto, Reuza Maria Soares. Na manhã de hoje, durante reunião do Con­selho Fiscal, Mazinho pretende articular junto aos demais con­selheiros um encontro para bus­car uma solução para o atraso.

– Isso é desumano. No mo­mento que mais precisa, não é feito o pagamento na data corre­ta. É uma falta de respeito muito grande – comentou Mazinho.

Procurada, a assessoria da Prefeitura não atendeu a repor­tagem para comentar o assunto.