Mudança de estilo no comando da Secretaria de Educação de São Pedro da Aldeia. Sai Walzi Conceição, que tinha fama de intransigente entre os profissionais da rede e foi exonerado ontem pelo prefeito Cláudio Chumbinho (MDB) e entra Alessandro Teixeira, ex-titular pela pasta em Cabo Frio e que promete abrir diálogo com a categoria para tentar dar fim à greve dos servidores da área, que completa duas semanas nesta segunda-feira (3). Alessandro afirmou para a reportagem que terá uma reunião com Chumbinho e com os integrantes de sua equipe na manhã de segunda para tratar as diretrizes para a negociação com os professores e funcionários. Alessandro antecipou que será fiel ao seu estilo de ouvir pacientemente as reivindicações.
–O melhor caminho da administração pública é conversar com seus representados. Na educação, a gente representa os profissionais da área. A gestão não substitui os professores, os alunos, a família do aluno e muito menos a sociedade. Quero conversar bastante, para compreender o cenário, mensurar as demandas do servidor e das famílias aldeenses – disse Alessandro, que já marcou reunião com os integrantes do sindicato (Sepe Costa do Sol).
Falando nos representantes sindicais, a irritação foi geral com o resultado da audiência no Tribunal de Justiça (TJ-RJ), realizada na noite de quinta-feira (30). O ex-secretário negou todas as reivindicações da categoria, e um acordo ficou emperrado. A situação também irritou Chumbinho e desgastou Walzi.
– Conseguimos por força do nosso movimento uma das nossas pautas que era a saída do Walzi. Essa demanda foi incluída nas nossas reivindicações ontem (anteontem) por conta dessa intransigência, mas o nosso movimento não vai parar por aí. Na nossa assembleia hoje (ontem), a greve foi mantida e na semana que vem vamos começar a fazer atos e parar ruas, para dialogar com a população. São demandas antigas – disse o professor Renato Reis, do Sepe Costa do Sol.
Entre as reivindicações da categoria estão a revisão do Plano de Carreira, Cargos e Remuneração para professores e pessoal de apoio, redução da carga horária do pessoal de apoio, entre outros. A Prefeitura alega ser inviável atender a vários dos pontos exigidos. Os professores também querem ser recebidos por Chumbinho, mas o prefeito aldeense, que não esteve na audiência no Rio, mantém-se irredutível.