Para enfrentar com vantagem a crescente onda de violência que vem acontecendo na cidade, a Polícia Militar de Cabo Frio está aprimorando o planejamento das operações. Para isso, sete policiais do Grupamento de Ações Táticas (GAT) do 25º Batalhão da Polícia Militar (BPM), sediado em Cabo Frio, participam de treinamento com o Bope, no Rio de Janeiro.
O curso, que termina na próxima sexta-feirta, será finalizado com uma operação real de incursão em uma comunidade da capital, que ainda será definida. A informação é do terceiro sargento Luiz Américo, 38, que há um mês assumiu o comando do GAT Ala Alfa na cidade, na 1ª Cia do batalhão.
– Acho esse estágio primordial para qualquer equipe tática. Esse treinamento pega os fundamentos dos principais cursos do Bope, o Curso de Ações Táticas (CAT) e o Curso de Operações Especiais (Coesp), e serve como referencial e aprimoramento técnico do policial – explicou ele, que está há 13 anos na polícia.
Segundo ele, o curso melhora a atuação dos policiais nas ruas e nas incursões a áreas de risco, como as dominadas pelo tráfico de drogas. Américo afirma que, para os policiais, a “evolução é natural, e o aprimoramento técnico nunca é demais”.
– Com treinamento, a postura e a confiança da equipe, o aprimoramento técnico, tudo melhora. Esse é um treinamento específico e especializado para a função de ações táticas e é muito proveitoso para nós – contou o policial, que trabalhou por seis anos fazendo patrulhamento na área de abrangência do 25º BPM.
Para ele, toda operação de rua da polícia precisa de preparo e elaboração para minimizar os prejuízos, tanto para a equipe quanto para os moradores.
– Cada operação tem sua peculiaridade própria. Mas sempre entro com minha equipe priorizando a segurança e tentando ao máximo minimizar os riscos, fazendo um planejamento prévio de cada missão. Além de cumprir a ação, quero que a segurança e integridade de minha equipe estejam sempre em primeiro lugar – afirma ele.
A maior dificuldade, no entanto, acontece quando uma operação envolve reféns.
– Sempre busquei treinamento e conhecimento para estar um passo a frente e nunca me sentir despreparado para qualquer missão. E isso, até o momento, tem surtido efeito em todas as missões que fui empregado com minha equipe – destacou o terceiro sargento da Polícia Militar.
Além do terceiro sargento, participam do treinamento os soldados Spnola, Leonardo, Perrin, Jaime e Street, e o cabo Magalhães. No curso, os policiais tiveram treinamento para uso progressivo da força, instrução tática individual, abordagem a pessoas, edificações e veículos. A lista conta ainda com apresentação de armas, teoria e prática de armamentos, tiro básico de fuzil e pistola, técnicas especiais de patrulha, operações.