Fernando Castro irá competir na categoria Master e também treinou sua esposa, Liana Rocha, e sua dupla Suyana Alves - Crédito: Luis Adenauer | @nofoconewsNos próximos dias 12 e 13 de agosto, Cabo Frio vai sediar mais uma edição do Fittest 4 Challenge, campeonato de Crossfit entre equipes de quartetos mistos, no estacionamento do Shopping Park Lagos. E o esporte que é cada vez mais competitivo entre as equipes de todo o mundo entrega outro significativo aprendizado, não somente progressão de carga, movimentos ginásticos exaustivos, mas o exercício da mente. O famoso Mindset.
No Crossfit, se fisicamente o atleta está empunhando uma barra de ferro com pesos que podem chegar a quase 600kg (há um recorde mundial de levantamento com 577,2 kg), na mente, ele precisa concentrar, focar, neutralizar a dor, exaustão, concorrência.
Nada disso seria possível sem o conhecimento da própria mente, defendido pelo fisioterapeuta e atleta de Crossfit, Fernando Castro, de 36 anos. Castro irá competir na categoria Master, no Fittest 4 Challenge, e conhece bem os efeitos do Mindset.
Entre os meses de março e maio, ele treinou sua esposa, Liana Rocha, e sua dupla Suyane Alves, para o campeonato Titan Games. Para atingir o objetivo das atletas, o coach aplicou estratégias de Mindset para trabalhar também a mente das competidoras.
“Treinávamos, claro, a parte física, de força, de carga, mas dei prioridade para o exercício da mente, pois eu sabia que elas iriam render melhor conhecendo as próprias motivações, de maneira individual e coletiva”, explica ele.
Foram incansáveis encontros antes ou após o expediente profissional de cada um, de duas a três vezes por semana, incluindo o domingo. Na metodologia do treino, não somente o levantamento de pesos, mas um modelo de recompensa que iria gerar ganhos financeiros, mas não em benefício próprio, e sim para a colega de dupla.
“Logo no início da preparação, montei um questionário de sete perguntas para cada uma, entre elas, havia um objeto de desejo, um bem material. No transcorrer dos treinos, elas eram avaliadas por mim, se reclamavam, se não completavam os movimentos de maneira correta, se chegavam atrasadas, tudo era pontuado. Sem elas saberem. Ao fim, cada uma tinha a própria pontuação, que foi revertida em valor real, e uma presenteou a outra, com aquele objeto de desejo, de maneira inconsciente, a partir do rendimento”, conta.
Na estratégia do fisioterapeuta, o objetivo era fazer com que as atletas pensassem e se comprometessem, além da dedicação e entrega na parte física.
“Eu acredito que essa é a maneira de atingir os objetivos de forma clara, consistente, conhecendo, e, até mesmo descobrindo, a força da mente, da motivação. Tenho me empenhado em alcançar cada vez mais conhecimento com foco no psicológico humano para ajudar os atletas”, pontua.
