O termo “acessibilidade” alcançou ampla projeção nos debates sobre os direitos das pessoas com deficiência. Utilizando a linguagem jurídica, podemos dizer que a Lei Brasileira de Inclusão, Lei nº 13.146/2015, considera que a acessibilidade é um direito que garante à pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida viver de forma independente e exercer a sua cidadania e participação social.
Mas, quando estamos falando de acessibilidade cultural, o que queremos dizer?
Isso é o que Sara Bentes, artista escolhida para ser "a voz das urnas", consultora em acessibilidade cultural e também pessoa cega, virá debater com os agentes culturais, educadores populares e demais interessados. No dia 15 de abril de 2025, ela estará na sede do projeto NEA-BC, em Cabo Frio, mediando um workshop sobre o tema, de forma gratuita e aberta ao público.
Acessibilidade cultural em foco: oficina gratuita com Sara Bentes acontece em Cabo Frio no dia 15 de abril, às 19h, na sede do NEA-BC
Endereço: Avenida Teixeira e Souza, 1111, Sala 103 (entrada pelos fundos), bairro Vila Nova – Cabo Frio (RJ)
Inscrições: Formulário online
“Pessoas com deficiência vão ao cinema, gostam de teatro, também pensam em encontrar com os amigos em uma roda de samba após o trabalho, e é uma obrigação dos produtores culturais se atentarem às necessidades desse público. Já passou da hora de deixar de tratar as pessoas com deficiência como pessoas sem vida social. Resumindo: isso é acessibilidade cultural”, afirmou Aline Moschen, uma das produtoras envolvidas no projeto Cine Tech VR, que está promovendo a ação com recursos do Ministério da Cultura, por intermédio do Governo Estadual e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro, pela Lei Paulo Gustavo.
“Embora a Lei Brasileira de Inclusão tenha sido criada há dez anos, o assunto ainda é novo à maioria dos gestores de espaços culturais que, reconhecendo a necessidade de se especializar para o atendimento, felizmente vêm buscando informações e capacitações nesse sentido”, reforçou a produtora Tatiana Cabral, que também integra a equipe e já comemora o interesse do público, devido à repercussão na cidade.
A iniciativa é fruto de uma ação de intercâmbio do projeto Cine Tech VR, com sede em Volta Redonda, que escolheu duas outras cidades para sediar o workshop, capacitando pessoas sobre medidas de acessibilidade nas artes, em especial no cinema, tais como audiodescrição, legenda, entre outros recursos, como a sonoplastia especializada e a realidade aumentada.
Em Cabo Frio, a Associação Raízes, mantenedora do projeto NEA-BC, foi quem acolheu a ação em sua sede, em colaboração com o Cine Tech VR. “Além de trabalhar com a educação ambiental, o NEA-BC é, antes de tudo, um núcleo de incentivo à organização social e promoção de debates do interesse da população, para a formação cidadã. Estamos de portas abertas para a população cabofriense, e deixo aqui o meu convite a todos para a participação”, disse Pedro Miguel Figueiredo, um dos colaboradores do núcleo que será sede da ação cultural.
No caso de dúvidas, entre em contato com a Produção:
- Aline Moschen: (27)99733-7279
- Tatiana Cabral: (22)98151-5565
