Neste sábado (23) o premiado documentário “Sou Point 44, Amor, Um Arco-Íris Multicor” estará em cartaz no Charitas, no Centro de Cabo Frio. A apresentação será às 19h, dentro da programação da Primavera dos Museus, do Ministério da Cultura. O documentário do cineasta cabo-friense, Márcio Paixão, tem duração de 20 minutos e conta a história do primeiro bar e escola de samba LGBTQIA+ de Cabo Frio.
O filme aborda temas como redução das desigualdades, paz, justiça e instituições eficazes, já conquistou cerca de 10 prêmios importantes em diversos festivais: o mais recente foi o prêmio Eduardo Coutinho de Melhor Documentário na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, dentro do FORCINE. Até este sábado (23) também está no Porta Curtas Petrobrás, a maior plataforma de curtas-metragens do país, dentro da 3ª edição Festival Nacional de Documentários Curtos (Sinédoque). E tem mais: o filme acaba de ser selecionado para a Mostra Sesc de Cinema: a partir de novembro a história do Point 44 estará circulando pelo estado do Rio em todos as unidades do Sesc.
– Somos o filme cabo-friense mais premiado na história da cidade. Um filme feito por um cabo-friense, falando sobre um grupo social da cidade. Queremos muito expandir para a população a potência que a nossa cidade tem para além da sua cultura material colonizadora, que infelizmente ainda é muito referenciada, como se a cidade só estivesse submetida a essa história colonial. Temos muitas histórias esperando por outros artistas para serem contadas - contou Márcio Paixão.
A história de “Sou Point 44, Amor, Um Arco-íris Multicor” começa em 1995, quando David Araújo inicia uma trajetória histórica marcada por afetos, lutas, carnavais e revoluções. Tanto o bar, que funcionou na Avenida Bispo Almir dos Santos, no bairro Guarani (até o asassinato de David, há cerca de 15 anos), como a escola de samba, foram espaços fundamentais na luta pelos direitos da população LGBTQIA+ em Cabo Frio.
– Para fazer o filme fizemos nossa pesquisa entrevistando algumas pessoas, mas também consultando edições dos anos 90, 2000 e 2010 da Folha dos Lagos - contou Márcio.