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Coluna

Lição japonesa

08 agosto 2024 - 11h15

Quem vem assustando os atletas olímpicos em Paris, até agora, são os japoneses. Um país insular no oceano pacífico que teima em brigar por medalhas com gigantes como China, Austrália e EUA. 

Nos Jogos Olímpicos de 2012 os Japoneses ficaram em 11º lugar no quadro geral de medalhas. Nos Jogos seguintes, em 2016, no Rio de Janeiro, subiram para a 6ª colocação. E quando venceram a concorrência para sediar os Jogos em 2020 (evento que só aconteceu em 2021 devido à pandemia de COVID-19) fizeram muito bonito, ficando em 3º. Atrás somente dos EUA e da China.

Nas atuais Olimpíadas de Paris a delegação nipônica se mantém firme em 3º no quadro de medalhas, que, aliás, liderou por bom tempo. Mas o que devemos fazer é observar a evolução dos atletas japoneses sem perder de vista o fato do país ter sediado uma edição de jogos Olímpicos há quatro anos.
O Japão se preparou estruturalmente para o evento, não foi somente Tóquio. E a estrutura foi mantida. O que prova isso é o salto de rendimento de seus atletas nas últimas edições dos jogos. 

Sediar uma competição Olímpica, sabemos, é algo carregado de intenções políticas. Há nisso uma demonstração de poder e força. A lição que o Japão nos apresenta, no entanto, é que o poder e a força também devem ser direcionados para dentro do país. Para os atletas. Para o povo como estímulo a criação de competidores e recado sobre a importância da prática esportiva na vida moderna e internética.

Jogos Olímpicos têm que gerar benefícios duradouros. Não dívidas impagáveis.