Quando o assunto é a Série A do futebol brasileiro o rico sudeste domina a tabela. O nordeste e o norte do país, embora sejam a casa de tradicionais e centenários clubes, sofrem com as placas que determinam ser proibido pisar na grama.
Contudo, para o bem do esporte, essa realidade veio mudando nos últimos anos. Em 2025 o nordeste poderá contar com 5 participantes na Série A. Para isso o Vitória precisará se manter na divisão de elite e Ceará e Sport ascender. Lembrando que Fortaleza e Bahia permanecerão nos gramados ditos mais verdes do Brasil.
A situação dos clubes nortistas e nordestinos encontra inspiração no modelo do Fortaleza. O Leão do Pici passou a disputar Copas continentais e no Brasil ocupa a parte de cima da tabela. Tudo graças ao excelente investimento na base e a aposta na longevidade do trabalho de uma comissão técnica que sabe contratar bem, encontrando jogadores pouco balados, cujos salários não custam um olho da cara do clube, mas rendem em campo.
O Ceará, que também aposta numa ampla e arejada base de garotos – conheço três cabo-frienses que recentemente passaram por lá – está com um pé na Série A de 2025. Um clube de torcida apaixonada, história antiga, estádio robusto e força para ocupar um lugar que até pouco tempo foi dominado por times do sul e sudeste com menos expressão, porém mais investimento.
A hora que esse modelo de gestão chegar no Paysandu, Remo, Sampaio Correia, Náutico, Santa Cruz, CRB, CSA... Os pequenos ricos do sul que se preparem, pois seu reinado terá chegada ao fim.