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Coluna

Panorama

28 abril 2021 - 15h25

DE BOCA
Se a educação continua a ser qualificada como essencial, qual a razão para que não se faça um plano de vacinação prioritária para professores, profissionais e alunos? Um plano por etapas que poderia ir garantindo o retorno seguro e gradual por segmento. Insistir nessa fala da essencialidade só prometendo “adaptações” como álcool em gel, máscara e algum distanciamento é uma aposta arriscada para todos.

EMERJ
Os webinários gratuitos promovidos pela Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro merecem todos os aplausos e reconhecimento pela relevância dos temas e pela qualidade dos preletores. Temas como polarização, intolerância, democracia, Interseccionalidades, moradores de rua, necropolítica, liberdade de expressão, dentre outros, fazem parte dessa programação especial. 

EXÓTICO
O orçamento brasileiro de 2021 é uma peça que merece ser estudada como uma espécie rara. As manobras que mexem e remexem no teto de gastos, no trato das despesas obrigatórias e na dispensa de previsão de receitas compensatórias de programas bilionários são, no mínimo, exóticas... 

MORDAÇA
Uma vitória importante foi conseguida na Alerj com a aprovação do Projeto de Lei Escola Sem Mordaça de autoria dos deputados Carlos Minc (PSB) e André Ceciliano (PT). Assim, a propaganda politiqueira continuará de fora, mas as discussões políticas podem (e devem) ser incentivadas, assim como as pautas ligadas ao revisionismo histórico (como no caso da ditadura brasileira) e às questões raciais, de gênero e sexualidade.
 
PRECOCES
O combate à pandemia nos estados e municípios tem sido ofuscados pelas manobras e pelo empreguismo na montagem dos “grupos políticos” para 2022. Só neles não há o menor sinal de crise (sobretudo financeira). Até agora, pelo menos...

DESARMADO
Os países desenvolvidos veem com desconfiança a proposta indecente do ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente. Passar o chapéu pedindo verbas para constituir uma espécie de milícia ambiental para fiscalizar e conter o desmatamento não parece algo plausível aos olhos do mundo civilizado. Razões não faltam, sobretudo o esvaziamento deliberado dos órgãos de fiscalização, o recuo histórico nas políticas de demarcação, o aumento da devastação e as movimentações que acabam por beneficiar a grilagem, as invasões e a exploração intensiva, como os garimpos. Com tudo isso, não pareceu sensato a ninguém entregar um braço político armado assim de bandeja...

REI SOL
Fazer contorcionismos com a anacrônica Lei de Segurança Nacional parece ser a estratégia do presidente para intimidar e silenciar críticos de maior calibre e alcance. A desculpa de que a crítica é uma ameaça à integridade do presidente e que isso por sua vez é uma ameaça ao país caberia bem a um roteiro macarrônico sobre o tempo de Luís XIV de França, o Rei Sol, que acreditava ser a personificação do Estado.