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Panorama

25 janeiro 2021 - 12h41

ELA CHEGOU!

Finalmente a vacinação começou no Brasil depois de várias querelas políticas e do diversionismo do governo federal. Colhendo os frutos dos seus desastres diplomáticos e emparedado pelas circunstâncias, o presidente tenta surfar na mesma onda que desqualificara com afinco. Como diz o povo, está levando “caixote”.

OPORTUNISMO

Apesar da notícia ser excelente, por hora a vacinação é tímida, vacilante e cheia de incertezas logísticas. O prognóstico é que muitos cheguem a 2022 ainda esperando na fila, sendo muito importante a manutenção dos protocolos de prevenção. Os políticos é que não perderam tempo e começaram a pasmaceira dos “primeiros vacinados”. Necropolitica a serviço do poder a todo custo.

EDUCAÇÃO

Comparar escolas com bares, shoppings e praias é um equívoco. A não ser que o desejo seja o de fazer o mesmo do que é comum em alguns desses espaços, um simulacro de adaptação e fiscalização de protocolos. Os jovens podem sofrer menos os efeitos da covid-19, mas são transmissores de primeira grandeza. É preciso e urgente, dada a importância e a necessidade, recolocar a discussão em bases mais qualificadas para propostas concretas e seguras de retomada, tendo a vacinação como premissa.

FAKE

Não bastasse a incerteza logística, as fake news sobre a vacinação foram retomadas com entusiasmo. As baboseiras beiram o esdrúxulo. Bom recordar que a vacinação pode não ser obrigatória, mas por determinação do STF existem sanções. Umas bem factíveis como ser demitido por justa causa ou impedido de viajar de avião. Já a proibição de viajar de ônibus, frequentar bares, restaurantes e cinemas, entre outros, é mera peça de ficção. Ninguém vai cumprir nem tampouco fiscalizar. O melhor é um mínimo de civilidade e humanidade e imunizar-se. Questão de compromisso social.

ILHA DA FANTASIA

O eleitor brasileiro vota em personagens. Para o sucesso eleitoral basta cria-lo e dar a ele uma historieta simples, um banho de marketing e promessas à moda dos contos de fadas. As receitas são batidas: guerras ideológicas de papel, o bem vencendo o mal e o “todos felizes para sempre”, para esconder quase sempre os reais propósitos e compromissos. Mas, como reza o ditado, na prática a teoria é outra e logo o povo percebe da pior maneira que deveria ter pensado melhor. Arquivado o recibo da vergonha, tem que aguardar as eleições seguintes e seus novos (ou não) personagens e roteiristas.

FALANDO NISSO

Olho vivo em Trump daqui por diante. O guru da extrema-direita ensaia a formação de uma seita partidária de “patriotas” composta de tudo aquilo que está fazendo um estrago enorme atualmente: supremacistas, racistas, armamentistas, negacionistas, fanáticos religiosos, capitalistas selvagens, conspiradores e paranoicos. Aqui no Brasil a centro-direita conservadora tenta se livrar, timidamente, desse simbionte e a centro-esquerda da velha síndrome de olhar o mundo pelo retrovisor. Aguardemos as cenas de 2022