Não poderia deixar de lembrar que esta semana completa um ano do falecimento do prefeito José Bonifácio. Sem dúvidas, Zezinho merece ser lembrado e homenageado. Seu amor por Cabo Frio é um sentimento que nos inspira. Lutou até o último minuto da sua vida para melhorar a cidade que governou por três vezes. Nas oportunidades em que esteve à frente do executivo, sua maior marca e seu maior legado foi a enorme responsabilidade com que geriu os recursos públicos.
José Bonifácio marcou muito a minha história e meu gosto pela política. Como gestor público, mostrou-me que é possível fazer muito, mesmo com escassez de recursos. No governo de Zé na década de 90, meu pai, Paulo Rodrigues, participou como secretário, das pastas da Agricultura e da Procuradoria Geral. Vi de perto importantes obras de infraestrutura serem realizadas, tais como o Centrinho onde hoje funciona o Instituto Federal Fluminense com diversos cursos técnicos, a pavimentação da estrada Cabo Frio-Búzios, o fechamento, saneamento e urbanização dos valões do Braga e do Parque Burle. Tudo isso e muito mais, foram realizações sem a receita municipal turbinada pelos royalties de petróleo dos anos seguintes ao seu governo. Imaginem o que Zé não teria realizado com a pujança dos recursos do petróleo naquela época. Em 2020, assumiu uma prefeitura quebrada pela má gestão de seus antecessores. O maior legado do terceiro mandato de Zé foi a organização das contas públicas e a recuperação da credibilidade da cidade.
Como político, Zezinho mostrou que é possível fazer política sem perder a dignidade. Muitas vezes foi duro em suas posições. Mas nunca se rendeu a interesse de grupos econômicos e à politicagem que impregna os grupos da cidade. Sempre exerceu a política de forma elegante, sincera e firme. Foi coerente com seus ideais e nunca mudou de lado para atender a interesses pessoais. O interesse público norteou sua vida pública. Fica para aqueles que acreditam numa política limpa e coerente, a inspiração e o exemplo do homem público José Bonifácio. Marcou por mais de mais de cinco décadas, gerações de políticos cabo-frienses. Zé, você faz muita falta! Zezinho presente, hoje e sempre!