O tabuleiro político de Cabo Frio não para de se mover. Cenário de mudanças constantes. Na última semana, um fato novo gerou uma nova incerteza: Marquinho Mendes é realmente pré-candidato a prefeito? Recentemente, o ex-prefeito divulgou um despacho do TCU em um processo que corria no tribunal, suspendendo os efeitos de uma Tomada de Contas Especial cujo o resultado até então, gerava pendências contra ele. Mas ainda pesam contra o antigo mandatário, a desaprovação das suas contas pela Câmara Municipal. Para piorar, o portal Cabo Frio em Foco divulgou, no dia 24 deste mês, outra condenação no TCU, o que seria mais uma derrota sofrida pelo ex-prefeito, devido a outra prestação de contas de recursos federais. Ao que parece, as chances para uma eventual candidatura de MM seriam mínimas.
Essa tentativa do ex-prefeito parece uma tentativa de se manter vivo no cenário eleitoral. Mas ao que tudo indica, seu grupo deve embarcar no apoio à atual prefeita Magdala Furtado. A insistência de MM e sua virtual aliança com a prefeita, mostra de outro lado, uma tentativa de evitar nesta eleição, que haja finalmente, uma renovação política em Cabo Frio. Existe uma questão de conflito de gerações políticas em curso. A aliança do ex-prefeito e da prefeita tenta demarcar território para a geração que vem governando Cabo Frio nos últimos 30 anos. Tentam evitar que dois políticos da nova geração emerjam, polarizando a liderança na cidade. Serginho Azevedo e Rafael Peçanha representam a renovação política na cidade e não há como evitar que isso ocorra por muito tempo.
Serginho está consolidado no cenário político. Rafael também já foi testado e teve um bom desempenho. A polarização deve ser entre os dois. De um lado um bolsonarista raiz, que tenta se posicionar agora como bolsonarista “moderado” ou uma espécie de “salvador da pátria”. Pesam contra ele, suspeitas de uso eleitoral da máquina do estado do Rio para favorecimento nas últimas eleições em que conquistou uma cadeira no parlamento estadual. Além disso, o deputado mantém alianças com políticos extremistas da ala bolsonarista. Do outro lado, o professor doutor Rafael Peçanha, é um político hábil de viés progressista, que pode elevar o nível da política cabo-friense para outro patamar, em termos de práticas e atitudes, na relação da administração municipal com a população e no bom uso dos recursos públicos.
Vamos acompanhar os próximos passos!